Secretário Alexander Maia tem dificuldades para conduzir a pasta e enfrenta nova greve de servidores
Por mais que o secretário de Meio Ambiente Alexander Maia tente demonstrar pulso firme, já que é coronel da Polícia Militar, enfrenta dificuldades para tocar a pasta, que é uma das mais complexas do Estado, além de ser constantemente alvo de investigações e operações da Polícia Federal. Maia não consegue sequer segurar a ira dos servidores da pasta, que estão em greve, e de alguns deputados que criticam o modo como o coronel toca a secretaria.
Muitos o caracterizam como arrogante e fechado ao diálogo. Já os grevistas criticam sua inércia diante da pauta de reivindicação da categoria. Alguns já defendem até a sua saída da pasta. Após ser duramente criticado pelos parlamentares por causa de sua postura diante das investigações da CPI das PCHs, que apura a existência de irregularidades na liberação para a construção de usinas no Estado, ele voltou a ser questionado. Dessa vez por causa de seu “sumiço” justamente em meio à greve dos servidores.
O líder do governo Romoaldo Júnior não poupou críticas a Maia, sendo endossado por Dilmar Dal Bosco. O secretário, por sua vez, se limitou a dizer que cumpria uma agenda particular, que não cabe ser divulgada.
Nesta quinta (21), após alguns dias de suspensão da paralisação que foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça, os servidores da pasta retomaram a greve e garantem que não vão voltar até que o governo apresente uma proposta. Como são responsáveis pela liberação das licenças ambientais, a tendência é que o setor produtivo pare. Obras que também dependam do aval da Sema para começar devem atrasar. Os funcionários cobram a reestruturação do PCCS, com incorporação da verba indenizatória e reajuste salarial de 18,7%.