O Estádio Nacional de Brasília — que será o palco da abertura e do primeiro jogo da Copa das Confederações —já teve sua inauguração adiada diversas vezes e agora deve abrir para o evento teste apenas no dia 18 de maio, menos de um mês antes da competição.
Além da insistência da Fifa para que o estádio não seja batizado como Mané Garrincha, o local está com assentos soltos e sem numeração. Tinta é artigo de luxo. Do lado de fora, o que se vê é apenas concreto. Fios soltos e máquinas são constantes no meio da obra. Enquanto isso, um escândalo recente resultou na queda do comando da Polícia Militar do DF após um orçamento que previa um gasto cinco vezes maior com capas de chuva do que em segurança para a Copa do Mundo.
No Maracanã, reinaugurado há pouco tempo, as marcas que ficaram foram as de intoxicação de operários em 2012, pela comida distribuída aos funcionários. Além disso, mesmo pronto, uma briga pela licitação do controle do estádio por diversas empresas suja o nome do Brasil no exterior, já que o Ministério Público tenta vetar a empresa vencedora, do milionário Eike Batista, por considerar que falta igualdade de condições entre os licitantes. Nesta sexta-feira (10) a Justiça concedeu liminar impedindo a assinatura do contrato de concessão.
Já o Mineirão, que pode receber a seleção brasileira em uma eventual semifinal do torneio disputado mês que vem, está ameaçado pelo Ministério Público de Minas Gerais de ter os portões fechados por “problemas de acessibilidade”. Mesma dificuldade enfrentada pelos moradores de Fortaleza, na Arena Castelão, que esteve com os elevadores desligados no jogo entre Ceará e Ferroviário.
Na Fonte Nova, que vai ser palco de Itália e Brasil, no dia 22 de junho, os problemas continuam. No clássico entre Bahia e Vitória, na reabertura do estádio, os banheiros, que estavam com privadas soltas, ficaram alagados, e da arquibancada não era possível enxergar a linha lateral do campo.
Outros estádios ainda deixam a desejar e vão demorar a ficar prontos, caso, por exemplo, do Itaquerão, do Beira Rio e da Arena da Baixada. Junto a esses fatores, as obras de mobilidade urbana feitas pelo governo brasileiro estão atrasadas.
Enquanto isso, Lula, nome mais forte do PT, em visita à Brasília, afirmou que “a única coisa que precisa ser melhorada é a nossa seleção”.