O senador Pedro Taques (PDT) garantiu que não participou de qualquer articulação junto ao Ministério Público Federal (MPF) para prejudicar a pré-candidatura a prefeito de Cuiabá do empresário e superintendente do Grupo Gazeta de Comunicação, João Dorileo Leal.
Após ser denunciado à Justiça Federal pela suspeita de lavagem de dinheiro em esquema com as factorings de João Arcanjo Ribeiro, Dorileo lançou suspeita, ainda que implicitamente, da participação de Taques no episódio .
"Essa denúncia tem a impressão digital de alguém que quer colocar algum defeito na minha pessoa e não achou. Essa impressão digital é de quem tem muita ligação com o Ministério Público Federal (MPF) e até tenha pertencido a ele", afirmou.
No entanto, Taques considerou-a improcedente. "Não tenho absolutamente nada a ver a com a denúncia do Ministério Público Federal que é independente em suas atividades", declarou.
O parlamentar ainda destacou que se desligou do MPF para concorrer a eleição, o que levou a perda de vínculo. "Fui procurador da República durante 15 anos e tenho orgulho da minha história. Fiquei cinco anos em São Paulo e estou há mais de um ano fora do MPF, portanto, não posso ser responsabilizado pelas ações da Justiça Federal".
Evitando discursos mais críticos, Taques ainda negou que tenha interesse em prejudicar o projeto de Dorileo de ser candidato a prefeito de Cuiabá. "Respeito o Dorileo e espero que ele consiga ser candidato em 2012 porque a política de Mato Grosso precisa de pessoas novas", comentou Taques.
O pedetista ainda descartou interesse em disputar as próximas eleições, por isso, nega articulações a favor ou contra benefícios de grupos políticos. "Não sou candidato em 2012 e tampouco em 2014. A minha eleição, se eu for concorrer, é 2018. Não quero entrar em briga política da próxima eleição, não sou candidato, não vou comprar briga que não é minha", finalizou o pedetista.