Os profissionais da educação do Município de Colíder/MT, em assembléia realizada pelo Sintep, decidiram na última quinta-feira (28), após votação apertada, paralisar as aulas. Em uma assembléia com aproximadamente 150 profissionais presentes, 49 votaram a favor da greve. A Prefeitura e a Secretaria de Educação mantinham o diálogo aberto com a classe e vinham negociando com os profissionais a resolução das oito reivindicações indicadas pelo sindicato.
As reivindicações dos profissionais foram protocoladas na prefeitura no mês de fevereiro e desde lá, a administração vem encontrando soluções para o problema. “Nestas negociações nós [prefeitura] acreditamos termos avançado bastante, pois da pauta de reivindicações que têm oito pontos a serem atendidos, as negociações deram conta de encontrar soluções para todas elas”, explicou a Secretária de Educação, Esporte e Lazer, Tereza Mangolin.
A secretária informou que quanto à reivindicação do reajuste salarial, a prefeitura apresentou e mantém a proposta de 6,46%, com o compromisso de sentar com o sindicato para retomar os estudos sobre receita e folha de pagamento no mês de julho de 2011. Isso porque em maio o prefeito fará a recomposição salarial para os profissionais dos outros setores, em junho avalia o comportamento da folha e o crescimento da receita e no dia 13 de julho reúne com o Sintep novamente.
Com 6,46% de reajuste a prefeitura continua honrando o compromisso de pagar o Piso Salarial Profissional Nacional. Para se ter uma idéia desde 2005, início da gestão Celso Banazeski, o Piso Salarial dos professores foi reajustado em 135,66%, sendo que o índice inflacionário do mesmo período foi de 42,24%. Ou seja, houve um aumento real de 93,42% nos salários.
Outra reivindicação da categoria é que fosse considerado na receita da educação, o Imposto de Renda Retido na Fonte. Mesmo não sendo uma obrigatoriedade, o prefeito concordou e atendeu o pedido dos profissionais da educação.
A secretária lembrou que o projeto de lei que consta o aumento de 6,46% os salários dos profissionais da educação está na Câmara de Vereadores desde o dia 14 de março. “O projeto não foi votado até agora. Então o poder legislativo tem uma grande responsabilidade sobre isso. Pois 6,46% de aumento representa a recuperação do que o trabalhador perdeu com a inflação. Entendemos que o poder legislativo também atine para essa tarefa que está por cumprir”, ressaltou Mangolin.
De acordo com Mangolin tanto a administração quanto todos os funcionários da educação têm de ter responsabilidade com o cumprimento do calendário letivo. “Se houver uma suspensão das atividades escolares, ou seja, aula para os alunos, o calendário letivo deverá ser garantido na totalidade de dias que foi planejado para que as crianças tenham aula, somando 200 dias letivos de fato e de direito” enfatizou a secretária.
Em 2010 a receita da Secretaria de Educação foi de R$ 8.924.847,48, sendo que a folha salarial somou R$ 6.319.606,89. Do valor total da receita 70,8% foram destinados para a folha de pagamento e o restante para novos investimentos e manutenção do setor, incluindo alimentação, transporte, construção, reforma das escolas e mobiliários escolares.