O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, sempre teve pavio curto. O gaúcho, sempre explosivo, também é conhecido pela forte cobrança sobre os seus comandados.
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Com o time em má fase, então, Felipão se destempera. E ainda mais vendo o comportamento desleixado de seus atletas.
No mesmo Palmeiras, em 99, Scolari via a fúria da torcida com um time acomodado depois da conquista da Taça Libertadores da América. Os atletas focavam apenas a final do Mundial, contra o Manchester, no fim do ano, e disputaram o Campeonato Brasileiro, durante todo o segundo semestre, sem grande responsabilidade.
Relaxados após a “missão cumprida” do sonho sul-americano, o elenco, que tinha nomes como Oseás, Junior Baiano, Paulo Nunes, Junior, entre outros, abusava das festas noturnas. Pagodes, churrascos e noites mal dormidas.
A má fase do time irritava os torcedores, que chegaram a ir até o CT do time e quebrar quadros que seriam dados aos jogadores como presente pela conquista da Libertadores.
Felipão, vendo o baixo rendimento dos atletas e incomodado cada vez mais com os resultados fracos e o abuso da noite dos atletas, resolveu extrapolar. Em um treino de finalizações, cada atleta que executaria um remate, em vez de chamar o jogador pelo nome, o comandante gritava o nome da balada preferida.
– Vai Terra Brasil [antiga casa de pagode da capital], acerta o gol.
Eram casas noturnas, bares e até locais de ambiente pouco familiar. Fato é que os atletas, constrangidos com a situação, passaram a jogar melhor e a má fase do time passou.