Aeroporto não investiu nem R$ 1 em obras, até agora

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O Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, está entre os três do país que ainda não injetaram nem R$ 1 em obras de ampliação e reforma, focado na Copa do Mundo de 2014. A situação crítica foi mostrada em reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo.

A data, de acordo com o jornalista George Guilherme, é simbólica, já que, desde o anúncio do Brasil como país sede do evento, no dia 30 de outubro de 2007, até o momento, faltam 39 meses para a Copa começar, no dia 11 de junho de 2014. O tempo significa que, desde que o país sabe que será sede, passou-se metade do tempo.

Em um quadro comparativo de três anos antes da abertura dos jogos com a África do Sul, onde foi realizada a Copa de 2010, o Brasil está bastante atrasado.

Mesmo que, dos 12 estádios, dez estejam encaminhados, de acordo com a reportagem, muito pior é a situação dos aeroportos.

"A África do Sul, a 39 meses do Mundial, estava bem mais adiantada nesse setor. O Aeroporto de Johanesburgo, a principal porta de entrada e saída do país, começou a ser reformado cinco anos antes do Mundial. No Brasil, os projetos ainda não decolaram", revelou George Guilherme.

Conforme dados do site "Contas Abertas", que possui números da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroviária (Infraero), dos R$ 5,5 bilhões previstos para serem investidos no setor, apenas 2,4% deste total fora utilizados, o que corresponde a R$ 132 milhões.

Cronograma apertado

Além de inserir Cuiabá/Várzea Grande no rol dos que não gastaram nada, a reportagem citou os aeroportos de Salvador (Deputado Luís Eduardo Magalhães) e de Porto Alegre (Salgado Filho) entre os de situação caótica.

De acordo com resposta da Infraero ao Jornal Nacional, o cronograma atenderá os prazos e os custos ainda estão baixos, devido a maior parte dos aeroportos estar em fase de execução de projetos.

Para o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, são previstas duas obras. A primeira é a construção de um Módulo Operacional (MOP) para a sala de desembarque, no valor R$ 2,5 milhões. A obra chegou a ser licitada, mas está paralisada.

 Infraero informou que o contrato foi rescindido face ao descumprimento de prazo e abandono dos trabalhos [da empresa ganhadora]. A Infraero está desenvolvendo novo processo licitatório para contratar o Módulo Operacional.

A segunda e maior obra é a de reforma e ampliação do terminal. Sobre essa, o Governo do Estado assinou convênio no final de janeiro com a Infraero, assumindo as responsabilidades pelos trabalhos.

De acordo com o secretário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo, mesmo com a assinatura do convênio, ficou a cargo da Infraero contratar empresa para realizar o projeto básico da obra, até setembro deste ano.

"Após a entrega do projeto básico, caberá ao Estado promover o processo licitatório para o projeto de execução, que deve acontecer entre outubro e novembro deste ano. Como existe as prerrogativas legais depois de licitado, queremos que as obras comecem até março de 2012", informou o secretário.

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