A caminho do Pan: Rúgbi deixa “brutamontes” de lado para dar espaço à velocidade

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Denis Eduardo Serio

O rúgbi é um dos esportes mais duros que existem. Praticamente sem proteção, os atletas se trombam e pulam uns sobre os outros em busca da bola e dos pontos. Contudo, nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, será um pouco diferente.



Há dois tipos de rúgbi: o 15 e o sete, este segundo praticado no Pan e que será iniciado na Olimpíada em 2016, no Rio de Janeiro. A diferença consiste no número de jogadores. Enquanto a Copa do Mundo da modalidade conta com 15 atletas por equipe, em Guadalajara serão sete. O “problema” é que o campo tem as mesmas dimensões, o que modifica a dinâmica de jogo, segundo o presidente da CBRu (Confederação Brasileira de Rúgbi), Sami Arap.

– O campo é igual, então os jogadores de sete são mais rápidos. Precisam ter mais reflexo e explosão. É como no tênis. Você tem os especialistas em simples e em duplas, mas todos são tenistas. Aqui temos os especialistas em sete e 15, embora, no nosso caso, os jogadores da seleção de sete sejam os mesmos que participam do time de 15.

Segundo Arap, 24 jogadores já estão pré-selecionados para a seleção brasileira. Contudo, como apenas dez ou 12 serão levados para o Pan de Guadalajara, caberá à confederação fazer o corte.

– No circuito internacional são 12 atletas, em Campeonatos Sul-Americanos são dez, então ainda não se sabe como será no Pan. Para o Sul-Americano viajaram dez, mas eles ainda não sabem quem são os convocados para o Pan. Não quero desmotivar quem está fora nem deixar demasiadamente confiante quem está dentro. Quando a gente convoca, os treinamentos são para 24 homens, mas a lista dos dez ou 12 só vou anunciar perto de julho.

O rúgbi ainda não é um esporte popular no Brasil, como é em outros países. Apesar de já ser jogado em 23 Estados, apenas oito possuem federação local: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul. No primeiro semestre, são realizados os campeonatos estaduais, enquanto o Brasileiro, com dez clubes, ocorre na segunda metade do ano. Em 2011, serão seis times de São Paulo, um de Bento Gonçalves, um de Florianópolis, um de Coritiba e um de Niterói.

A estrutura do esporte no Brasil começou a tomar corpo no início do ano passado, com a criação da CBRu. Filiada ao COB (Comitê Olímpico Brasileiro), a entidade passou a ter mais facilidade de brigar por recursos para desenvolver o esporte.

– Em 2010, tivemos um primeiro aporte que não foi da lei Agnelo/Piva, de R$ 300 mil, carimbados para a seleção feminina. Agora em 2011 nós já passamos a receber a verba de R$ 500 mil, mas é da lei Agnelo/Piva. Além disso, estou negociando mais recursos com o COB, pois acho que a verba é insuficiente.

Com o dinheiro que está pedindo, Arap pretende fazer excursões com a seleção brasileira à Argentina e, posteriormente, à América do Norte ou Europa, como preparação para o Pan.

A Rede Record transmitirá os Jogos Olímpicos de Londres-2012 com exclusividade na TV aberta brasileira, e também pela internet. A emissora também detém os direitos de transmissão dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara-2011 e Toronto-2015, e da Olimpíada do Rio de Janeiro-2016.

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