O governador Silval Barbosa (PMDB) tratou de colocar "panos quentes" no clima tenso entre os secretários Pedro Henry (Saúde) e Éder Moraes (Casa Civil). Eles expuseram um impasse institucional, que gerou um princípio de crise no Palácio Paiaguás.
"Especulação! Não existe nada. Existe harmonia", amenizou Silval, nesta segunda-feira (17), em entrevista, após despachos na sede da Agecopa.
Pedro Henry apontou falhas no setor da Saúde na gestão passada, com críticas que atingem diretamente o ex-governador e senador eleito Blairo Maggi (PR). Diante das declarações, Éder Moraes saiu em defesa do republicano, repreendendo Henry e deixando transparecer que as críticas a gestão passadas estão proibidas.
Silval revelou que esteve reunido com os dois secretários, para conversar sobre o tema, que ganhou destaque na imprensa. Provavelmente, na tentativa de colocar um fim nas discussões e ataques, e tentando apaziguar a situação. "Acompanhei as matérias [na imprensa] e chamei os secretários para conversar. Vi o que existe de fato e constatei que não tem nada. É mais especulação", afirmou.
Quanto às últimas declarações de Pedro Henry, afirmando que o Estado gasta mal e investe mal na Saúde, Silval avaliou que se isso, realmente, for constatado, que ele corrija as falhas.
"Ele está lá é para isso: para corrigir as falhas e mostrar onde está se gastando mal, além de fazer com que o dinheiro seja de fato aplicado em Saúde. E que possa melhorar a qualidade de vida das pessoas", declarou o governador.
Silval Barbosa aproveitou a ocasião para mandar um recado aos demais integrantes do secretariado. "Não é só para o Pedro Henry. Aquele secretário que tem autonomia na pasta, tem o compromisso e a obrigação de fazer boa gestão nos recursos públicos", disse.
Puxão de orelha
A respeito do posicionamento adotado por Éder Moraes – que, para muitos, foi encarado como um "puxão de orelhas" em Pedro Henry -, o governador não considerou a ação como uma repreensão.
"Não é puxão de orelha. Quando ele [Éder] expressou a opinião dele, não é puxão de orelha. Éder está fazendo o papel de secretário-chefe da Casa Civil", completou Silval.