Uma fábrica de absorventes do Paquistão chamada Butterfly aproveitou toda a notoriedade conquistada pelo site WikiLeaks, que vaza documentos secretos da diplomacia dos Estados Unidos, e resolveu ir na onda do caso para criar um slogan próprio.
É que o termo "leak", em inglês, significa vazar. Aí o trocadilho surgiu naturalmente. Ficou, no idioma britânico mesmo, "WikiLeaks… Butterfly doesn't." (Wiki vaza… Butterfly, não).
O WikiLeaks, fundado pelo australiano Julian Assange, começou a causar problemas para os Estados Unidos em abril, ao divulgar vídeos de civis iraquianos sendo mortos durante um ataque aéreo americano. Desde então, os textos publicados por sua fundação expõem a maior potência do mundo de diversas formas – desde o trabalho da CIA a relatórios confidenciais de diplomacia. Julian chegou até a ser preso, por uma acusação de estupro e agressão sexual na Suécia, mas foi liberado.
Syed Amjad Hussain, um dos chefes da RG Blue, a empresa que fez o anúncio, apostou que misturar os dois assuntos daria em polêmica – e acertou.
– Nós recebemos uma grande resposta do público, e todos estão comentando sobre nós.
O diretor de arte da empresa, Munir Bhatti, também explicou a estratégia.
Eu poderia ter colocado outro anúncio com uma garota falando do absorvente, mas fizemos diferente, completamente diferente.
Bem, que os documentos do Departamento de Estado dos EUA vazaram, eles vazaram. Mas a promessa é de que, com o absorvente Butterfly, a coisa seja diferente.