Mortes por malária caem 20% em dez anos, diz OMS

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Os esforços realizados em todo mundo para combater a malária permitiu salvar centenas de milhares de vidas desde 2000, declarou nesta terça-feira (14) a OMS (Organização Mundial da Saúde). Se, naquele ano, morreram 985 mil pessoas, em 2009 foram 781 mil vítimas – uma queda de 20,8%.

 

Segundo o relatório anual da OMS sobre malária, o que contribuiu foram a distribuição de dezenas de milhões de mosquiteiros tratados com inseticidas e a maior utilização de fumacês contra os mosquitos.

Apesar desses esforços, 781 mil pessoas morreram em 2009 por causa da doença. Segundo a OMS, cerca de 90% dos óbitos ocorreram na África e 92% deles afetaram crianças com menos de cinco anos.

No ano passado, pela primeira vez, nenhum caso de malária transmitido localmente foi relatado na Europa. Já em países como Marrocos (norte da África) e Turcomenistão (Ásia central) foram adicionados à lista de locais onde a doença está erradicada.

Ao longo da década passada, o número de casos confirmados da doença e de mortes caiu mais de 50% em 11 países da África.

Na China, o número de casos foi reduzido em mais da metade ao longo dos dez últimos anos e, na Índia, a incidência da doença baixou cerca de um quarto.

Apenas três países do mundo registraram aumento de casos em 2009: Ruanda, São Tomé e Príncipe e Zâmbia.

Ray Chambers, emissário especial da ONU para malária, previu que o objetivo das Nações Unidas de acabar com as mortes causadas pela malária pode ser atingido até 2015. Opinião reforçada pela diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

– Os resultados contidos nesse relatório são os melhores em décadas. Depois de tantos anos de deterioração e estagnação, os países e seus parceiros passaram para a ofensiva.

Um esforço sem precedentes foi fornecido para manter a dinâmica, destacou Margaret, explicando que 106 países ainda são atingidos pela doença de maneira endêmica, dentre os quais 43 estão na África Subsaariana.

– Os investimentos na luta contra a malária estão dando resultados.

 


Em menos de três anos, o número de mosquiteiros distribuídos se aproximou da marca de 350 milhões.

 

As despesas internacionais de luta contra a malária devem atingir R$ 3 bilhões (US$ 1,8 bilhão) em 2010, uma cifra recorde. Ainda assim, a OMS estima que serão necessários R$ 10 bilhões (US$ 6 bilhões) para erradicar completamente a doença.

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