Goiás enfrenta Independiente com “sensação estranha” por título da Copa Sul-Americana

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Ricardo Rafael/O Popular/AERicardo Rafael/O Popular/AE

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Nos últimos anos, quando brasileiros enfrentam argentinos por algum título internacional, a partida decisiva sempre foi disputada em solo nacional. Contudo, nesta quarta-feira (8), o Goiás enfrentará o Independiente no temido estádio Libertadores da América, em Avellaneda, pelo seu primeiro título expressivo fora do Brasil: a Copa Sul-Americana.

Além dos goianos, grande parte do estado do Rio Grande do Sul estará ligado na partida. O Grêmio, quarto colocado no Campeonato Brasileiro, conseguirá uma vaga na Copa Libertadores de 2011 caso o Independiente seja campeão. Se o título for do Goiás, o esmeraldino, rebaixado para a Série B do Campeonato Brasil, será o time classificado.

A equipe do Centro-Oeste, que traçou um caminho incrível de superação para chegar à final, superando Grêmio e Palmeiras, venceu o jogo de ida por 2 a 0 e pode até perder por um gol, fora de casa, para ser campeã. Mas a tarefa não será fácil. O Independiente é um verdadeiro “gigante adormecido” do futebol sul-americano. O time argentino é a maior campeão da Libertadores, com sete títulos, mesmo sem levantar o troféu desde 1984.

Decidir na Argentina tem sido raridade para equipes brasileiras. A última foi o Flamengo, que perdeu a final da Copa Mercosul de 2001 para o San Lorenzo. Depois disso, já houve finais entre Brasil e Argentina, mas sempre com jogos finais em solo nacional: Santos x Boca Juniors (Libertadores de 2003, com vitória argentina), Grêmio x Boca Juniors (Libertadores de 2007, com vitória argentina), Inter x Estudiantes (Sul-Americana de 2008, com vitória brasileira) e Cruzeiro x Estudiantes (Libertadores de 2009, com vitória argentina.

Há muitos outros exemplos de finais no Brasil, mas poucos casos recentes de decisões na Argentina. E, para o Goiás tomar cuidado, dois deles foram com o mesmo Independiente, que foi campeão das Libertadores de 1974 e 1984 contra São Paulo e Grêmio, respectivamente, ambas as vezes decidindo em Avellaneda.

Mesmo com a vantagem construída em casa, o atacante Rafael Moura, melhor jogador do Goiás na competição, não quer o time recuado, apostando apenas no contra-ataque.

 

– Precisamos manter o espírito guerreiro que demonstramos durante toda a competição e a nossa vontade, mas sempre pensando em vencer. Se entrarmos imaginando qualquer outro resultado, que não seja a vitória, a chance de termos um insucesso será muito grande.

O Goiás aposta em algumas peças experientes para ter a bagagem necessária na hora da decisão. Na defesa, o alicerce é Marcão, campeão da Copa Sul-americana pelo Internacional, em 2008.

– Sabemos que o Independiente é forte quando joga ao lado de sua torcida, só que daremos a vida por esse título.

Na escalação, o técnico Artur Neto pretende manter a base que obteve sucesso nas últimas apresentações pela Copa Sul-Americana. A boa notícia é que o grupo pôde descansar no final de semana, já que os reservas atuaram contra o Corinthians no encerramento do Campeonato Brasileiro.

No Independiente, o técnico Antonio Mohamed planeja novidades táticas e exige maior participação de peças como Tuzzio, Mareque e Rodríguez nas ações ofensivas.

FICHA TÉCNICA
INDEPENDIENTE x GOIÁS

Local: estádio Libertadores de América, em Avellaneda (Argentina)
Data: 08 de dezembro de 2010, quarta-feira
Horário: 22h
Árbitro: Oscar Ruiz (Colômbia)
Auxiliares: Abraham González e Humberto Clavijo (ambos colombianos)

INDEPENDIENTE: Navarro; Velázquez, Tuzzio, Matheu e Mareque; Cabrera, Battión, Rodríguez e Fredes; Martinez e Parra
Técnico: Antonio Mohamed

GOIÁS: Harlei; Ernando, Rafael Toloi e Marcão; Douglas, Carlos Alberto, Amaral, Marcelo Costa e Wellington Saci; Rafael Moura e Otacílio Neto
Técnico: Arthur Neto

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