Bezerra pressiona e terá Teté na nova pasta da Agricultura Familiar

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Depois de receber "não" ao pleito para comandar a Educação, maior pasta da estrutura da máquina estadual, o casal Carlos e Teté Bezerra, vitorioso nas urnas, partiu em direção à secretaria de Desenvolvimento Rural e encontrou no Palácio Paiaguás a mão necessária para abraçar a chance de estar à frente da pasta que será criada a partir do desmembramento da Seder, que terá um orçamento para 2011 de R$ 126,1 milhões.

   À Seder estão agregados a Empaer, Intermat e o Indea. Pelo projeto, a nova secretaria vai se chamar Agricultura Familiar, que cuidará das cadeias produtivas.

   Apesar disso, o governador reeleito Silval Barbosa, do PMDB, mesmo partido do casal que controla o partido, ainda está avaliando se acrescenta na pasta já existente a expressão Agricultura Familiar, hoje como adjunta, ou se institui uma nova estrutura com esse nome.

   A proposta de trabalhar pelos pequenos produtores, a fim de reconquistar as chamadas massas, foi difundida durante toda campanha por Bezerra, que se reelegeu deputado federal com 90.780 votos, e por Teté, que garantiu vaga na Assembleia com 22.964 votos. A secretaria a ser criada teria estrutura mínima, já que a pasta das Cidades, outra promessa do governador, vai receber atribuição de tocar o MT Regional e responder pelas políticas de habitação, infraestrutura e regularização urbana. Mesmo assim, Teté aceita a experiência de assumir a secretaria ao invés de exercer mandato de deputada estadual.

   O casal quer lançar um trunfo que pode render bons resultados em termos de projetos. É que na Câmara Federal, Bezerra se mostra articulador político, com bom trânsito nos Ministérios e com experiência na hora de conseguir verbas. Reúne condições de viabilizar recursos para a área da agricultura, setor muito explorado pelo partido. Com essa parceria junto à União, Teté, em nome do governo estadual, contaria com um orçamento até três vezes maior do que o que deve ser fixado pelo Executivo estadual.

    A eventual saída da peemedebista do Legislativo, assim como do deputado reeleito pela mesma coligação (PMDB-PR-PT) Sebastião Rezende, cotado para a Infraestrutura, permite uma outra combinação política que interessa ao Paiaguás. Nas duas vagas entrariam os suplentes republicanos Ondanir Bortolini, o Nininho, e Emanuel Pinheiro. Tratam-se de dois governistas que deixariam Silval mais à vontade na relação com a Assembleia.

   Teté já foi deputada federal na época em que o marido Bezerra atuou como senador. Depois de dois mandatos de fora, ela resolve concorrer às eleições, numa nova dobradinha vitoriosa com Bezerra. Embora durante toda a campanha Silval tenha demonstrado distanciamento do casal, uma forma de não ser "carimbado" como candidato monitorado pelo cacique, o governador, no fundo, não vê outra alternativa senão tê-lo como aliado e aceitou a sugestão para a deputada eleita compor o primeiro escalão. Assim, Teté entra no staff como cota do PMDB e de Bezerra e Silval, por sua vez, não se sentirá mais tão pressionado por cargos.

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