Fernando Ordakowski
Silval Barbosa inicia montagem do quebra-cabeça da nova equipe do primeiro escalão para posse em 1º de janeiro
O governador reeleito Silval Barbosa está determinado a trocar 90% do seu secretariado. Quer mudar a cara da administração primeiro para mostrar autonomia e, segundo, para se desvincular da administração Blairo Maggi. Uma das pastas que ele já decidiu por substituição é a de Infraestrutura, hoje sob Arnaldo Alves de Souza. O peemedebista já começou a mexer as pedras do tabuleiro, mas as mudanças gerais só vão ocorrer oficialmente em 1º janeiro, com a posse no Palácio Paiaguás. Até lá, somente o jornalista Osmar de Carvalho deve reassumir a Comunicação Social, em substituição a Onofre Ribeiro, assim como a primeira-dama Roseli Barbosa, que retorna ao Trabalho Emprego, Cidadania e Assistência Social. Ambos se afastaram do staff para atuar na campanha.
Silval não tem dado trégua à velha guarda do PMDB, capitaneada pelo deputado federal reeleito e cacique Carlos Bezerra. Como a cada recado que recebe sobre esse ou aquele pleito, inclusive para emplacar no governador candidatos derrotados nas urnas, o chefe do Executivo devolve, geralmente com resposta negativa, Bezerra não tem mais insistido nas cobranças por espaço na administração. Silval declarou a correligionários que, embora tenha sido reeleito com apoio de 11 partidos (PMDB, PT, PR, PP, PRB, PTN, PSC, PHS, PTC, PRP e PC do B), não tem compromisso com ninguém sobre loteamento de cargos de primeiro escalão. Pondera, porém, que pretende ouvir o que cada agremiação propõe em termos de indicação para, sem pressão, montar a nova equipe.
São 23 secretários. Juntos, ajudam o governo a comandar um orçamento anual de praticamente R$ 8 bilhões numa máquina que emprega cerca de 90 mil servidores. Silval optou por poucas mudanças na equipe desde quando tomou posse como governador, em 31 de março deste ano. Preferiu preservar a maioria dos assessores da gestão Maggi. Na Educação, só houve troca porque Ságuas Moraes saiu para disputar as eleições. O próprio PT indicou Rosa Neide à pasta. Com o escândalo do superfaturamento na compra de maquinário, Vilceu Marchetti e Geraldo de Vitto caíram. Arnado Alves foi remanejado do Planejamento para a Infraestrutura, enquanto o auditor Geraldo Botelho passou a conduzir o Planejamento. O então adjunto Bruno Sá virou titular na Administração.
Nenhum se mantém no mesmo cargo no primeiro escalão nestes quase 8 anos da gestão, que começou em janeiro de 2003 com Maggi, e continua sob Silval. Eder de Moraes, por exemplo, entrou como presidente do MT Fomento, virou secretário de Fazenda e depois foi remanejado à Casa Civil. Edmilson dos Santos era adjunto e se tornou titular da Sefaz, assim como Vanice Marques no Desenvolvimento do Turismo e Laércio de Arruda no Esportes e Cultura.
Quem integra o secretariado do governo Silval
Justiça e Segurança Pública – Diógenes Curado
Casa Civil – Eder de Moraes Dias
Casa Militar – Antônio Roberto Monteiro de Morais
Planejamento e Coordenação Geral – José Gonçalves Botelho do Prado
Fazenda – Edmilson José dos Santos
Auditoria-Geral do Estado – José Alves Pereira Filho
Desenvolvimento Rural – Jilson Francisco da Silva
Indústria, Comércio e Minas e Energia – Pedro Nadaf
Trabalho Emprego, Cidadania e Assistência Social – Jean Estevan Campos Oliveira
Desenvolvimento de Turismo – Vanice Marques
Infraestrutura – Arnaldo Alves de Souza Neto
Educação – Rosa Neide Sandes de Almeida
Administração – Bruno Sá Freire Martins
Saúde – Augusto Carlos Patti do Amaral
Comunicação Social – Onofre Ribeiro
Procuradoria-Geral do Estado – Dorgival Veras de Carvalho
Meio Ambiente – Alexander Torres Maia
Esportes e Lazer – Laércio de Arruda
Cultura – Oscemário Daltro
Ciência e Tecnologia – Ilma Grisoste Barbosa
Projetos Estratégicos – Renaldo Loffi
Políticas Educacionais – Flávia Nogueira
Políticas Ambientais e Fundiárias – Vicente Falcão