Mendes contrata marqueteiro e baixarias devem começar

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A crise se instalou dentro da coligação Mato Melhor Pra Você, dos candidatos Mauro Mendes (PSB) para governador, Otaviano Pivetta (PDT) para vice, Pedro Taques (PDT) e Naildo Lopes (PV) para senador. Ela se iniciou com a mudança do coordenador de marketing, Léo Pereira, e ganhou contornos piores nos últimos dias quando da contratação de um novo marqueteiro, Beto Maciel, que é do Rio Grande Norte e participou de campanhas majoritárias aqui e do empresário de Mato Grosso, Gustavo Oliveira.

Essa contratação teria colocado para fora da campanha dois dos principais coordenadores e amigos pessoais de Mauro Mendes: Mauro Carvalho, coordenador geral, e Robério Garcia, que não aceitaram as condições impostas para o nível de campanha duramente defendido por Pivetta e Pedro Taques, repetindo o conhecido Comitê de Maldades tão utilizado no passado.

Beto Maciel e Gustavo Oliveira teriam sido contratados para desconstruir a imagem do candidato Silval Barbosa (PMDB), que lidera as pesquisas, com fatos pouco republicanos.

Não é de hoje que se ouve nos bastidores da política que estariam montando um verdadeiro dossiê contra o atual governador e que envolveria supostos problemas de terras no Norte de Mato Grosso e sua relação de amizade e de gestão pública junto ao deputado José Riva, quando nos anos de 2003 a 2006 dividiram tanto a presidência quanto a 1ª secretaria da Assembleia Legislativa, os dois cargos mais importantes do Poder Legislativo Estadual, período em que o Legislativo se viu envolto com denúncias de desvio de recursos públicos.

O marqueteiro do Rio Grande Norte teve participações importantes nas campanhas de 2002 e 2006 e atuou em 2008 na campanha para Prefeitura de Várzea Grande, de Júlio Campos (DEM), atual candidato a deputado federal pela coligação Jonas Pinheiro do PSDB e do DEM.

Júlio Campos concorreu contra o atual prefeito Murilo Domingos (PR) que disputava a reeleição e chegou a liderar boa parte da campanha eleitoral, mas quando começou a perder terreno se utilizou de acusações e artifícios que mais tarde acabaram derrubados pela Justiça Eleitoral, mas foram veiculados no horário eleitoral como um suposto filho fora do casamento de Murilo Domingos.

Outra denúncia foi contra o deputado estadual Wallace Guimarães (PMDB) que supostamente apareceria recebendo dinheiro ilícito e que na época era do partido de Júlio Campos, mas apoiava Murilo Domingos.

A decisão de partir para o enfrentamento foi presenciada quando ainda Léo Pereira dirigia o programa eleitoral e Mauro Mendes acusou o governador de esconder do seu passado sua passagem pela Assembleia Legislativa, o que provocou uma grande reação do Partido Progressista ao qual José Riva é filiado.

Mas a crise não para por aí, pois mesmo negando publicamente é voz corrente nos meios políticos um suposto acordo entre Mauro Mendes (PSB) e Wilson Santos (PSDB) que foram adversários em 2008 na disputa pela Prefeitura de Cuiabá para tentar levar a campanha para o segundo turno e se unirem para derrotar o atual governador que tem o aval de Blairo Maggi, do presidente Lula e da presidenciável Dilma Rousseff.

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