Marca de sangue complica PM acusado de matar amante

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O Serviço de Perícia e Identificação Técnica da Polícia Civil confirmou, na tarde desta sexta-feira (27), que há sangue humano no porta-malas do Gol preto, carro usado pelo soldado da Rotam, Claudemir de Souza Sales, 30, principal acusado da morte da corretora de imóveis Ana Cristina Wommer, 24, e sua filha, Maria Eduarda, no último domingo (22).

De acordo com o delegado Márcio Pieroni, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), só um resultado mais detalhado identificará se o sangue é de Ana Cristina, ou até do próprio soldado. Caso o resultado seja positivo, será a comprovação do duplo homicídio, afirmou Pieroni.

Preso administrativamente desde terça-feira (24), data em que a Polícia Militar encontrou o corpo de Ana Cristina, nas proximidades da BR-364, Sales teve prisão preventiva decretada na quarta-feira (25) e, atualmente, está no Presídio Militar de Santo Antônio do Leverger (30 km ao Sul da Capital).

Além de Sales, havia, até a manhã de hoje, três suspeitos, que teriam ajudado o soldado a executar o crime. Um deles, o candidato a deputado federal Davi Nascimento (PTC), foi descartado hoje à tarde como um dos cúmplices.

Segundo Pieroni, que disse acreditar desde o princípio que Sales não agiu sozinho, uma denúncia anônima levou ao nome de Davi, já que o candidato tem uma oficina mecânica e é amigo do soldado.

"A denúncia informava que o Gol preto, que Sales vendeu na segunda-feira, estaria escondido na oficina de Davi. Esta hipótese foi descartada e o candidato não tem envolvimento com o crime", informou o delegado.

Os outros suspeitos, cujos nomes não foram revelados, ainda continuam sob investigação.

Relembre o caso

Ana Cristina Wommer, 24, grávida de oito meses, foi encontrada morta na manhã de terça-feira, na BR-364, na saída de Cuiabá para Rondonópolis (Sul de MT). Ela era amante do policial militar Claudemir de Souza Sales, que estava lotado na Rotam.

De acordo com Boletim de Ocorrência registrado no último domingo (22) pela mãe de Ana Cristina, a jovem teria ido pela manhã a uma farmácia comprar remédio e não voltou mais.

Em depoimento prestado no mesmo dia, Sales afirmou que se encontrou com Ana Cristina no domingo, entregou R$ 50 para que ela comprasse remédio, comprou pães e voltou para casa.

Na ocasião, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Lino Farias, determinou a prisão administrativa do soldado por entender que, em seu depoimento, ele apresentou lapsos temporais grandes e também poderia vir a constranger testemunhas, caso ficasse em liberdade.

Em seguida, o delegado Márcio Pieroni requisitou prisão temporária de 30 dias para o policial.

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