Antero e Abicalil polarizam disputa pela 2ª vaga; Pedro Taques insiste

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Romilson Dourado


Carlos Abicalil e Antero de Barros travam briga pela 2ª vaga, enquanto Pedro Taques tenta se aproximar e Maggi se mostra mais tranquilo por liderar pesquisas e apresentar chances reais de garantir 1ª vaga de senador

    A 39 dias das eleições, o tucano Antero de Barros e o petista Carlos Abicalil travam uma disputa pela segunda vaga ao Senado tão acirrada que, a considerar o resultado das pesquisas de intenção de voto, podem ser comparada aos embates de 2002 e 1994, últimos pleitos em que estiveram em jogo duas vagas para senador. Nos dois casos, a segunda vaga foi disputada voto a voto.

    O cenário hoje aponta o ex-governador Blairo Maggi (PR) com ampla vantagem. Tende a garantir a primeira cadeira, com mais de 800 mil votos num universo de 2 milhões de habitantes. Já pela segunda vaga há uma polarização entre Antero e Abicalil. O primeiro foi vereador por Cuiabá, deputado federal constituinte, secretário de Estado de Comunicação Social e da Casa Civil do governo Dante de Oliveira e senador. Antero amarga duas derrotadas seguidas para governador, em 2002 e 2006. Abicalil está no segundo mandato de deputado federal. Foi o mais votado em 2006, com 128.851 votos. Em 1998, concorreu e perdeu também para o governo estadual.

   O nome do ex-procurador da República Pedro Taques (PDT) aparece em desvantagem. Pontua nas pesquisas em quarto lugar, atrás de Abicalil, Antero e Maggi. Sua maior aposta para entrar no jogo e se "embolar" na briga pela segunda vaga é a mensagem e campanha dura contra a corrupção, que passou a difundir no horário eleitoral desde semana passada.

    A disputa pela segunda vaga sempre foi acirrada em Mato Grosso, ao menos nas últimas duas eleições em que foram abertas duas das três cadeiras para representação mato-grossense no Congresso Nacional. Em 1994, por exemplo, o placar foi "emocionante". Jonas Pinheiro (já falecido) garantiu a primeira vaga com 281.998 votos, uma diferença de apenas 113 votos do segundo colocado, o peemedebista Carlos Bezerra, hoje deputado federal. Mais curioso ainda foi a vantagem de Bezerra sobre o terceiro colocado Antero de Barros: 679 votos. Na época, houve denúncia de fraude eleitoral. Bezerra teve 281.885 votos, enquanto Antero ficou com 281.206.

   Em 2002, Jonas garante a reeleição com 612.965 votos. No caso da segunda vaga, a petista Serys Marly venceu com uma diferença de 135.741 votos. Chegou a 575.539, enquanto Dante de Oliveira (já falecido) amargou a terceira colocação com 439.798 votos. O mandato de senador é de 8 anos. As duas vagas que serão abertas agora pertencem hoje à Serys e a Gilberto Goellner (DEM), que virou titular com a morte de Jonas. Como o democrata está licenciado, que está legislando e fica no cargo até o próximo mês é o médico Jorge Yanai. Já a outra vaga de senador, sob Jayme Campos (DEM), vai estar em disputa em 2014.

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