O presidente do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, negou que a coligação Mato Grosso em Primeiro Lugar (PDMB, PR, PT, PP e outros) esteja enfrentando princípio de crise. A cúpula da coligação esteve reunida hoje (12), definindo pontos da campanha. "Aqui se fala a mesma língua. Pelo menos para o comando, a reunião foi excelente. Não teve nenhum problema", declarou.
Entretanto, a coligação vem enfrentando algumas "rebeldias" do PR, como o fato do vice-presidente regional, Moisés Sachetti, ter anunciado que não apoia o projeto do governador Silval Barbosa (PMDB) à reeleição.
Outro fato que teria gerado um "mal-estar" dentro da coligação, principalmente, por parte dos peemedebistas, foi o fato do ex-governador Blairo Maggi (PR) iniciar a campanha ao Senado sem a presença de Silval.
Na avaliação do presidente do PMDB, todas as candidaturas apresentam problemas, mesmo tentando negar que não houve nenhum tipo de desentendimento na coligação pró-Silval.
"Todas as campanhas têm problemas, que precisam ser administradas. Qualquer campanha e de qualquer um. Um conjunto de partidos em campanha política não é como um convento de freiras, aliás, mesmo num convento tem problema", disse.
Mesmo negando o princípio de crise, Carlos Bezerra se contradiz ao afirmar que a reunião desta segunda foi para debater esses tipos de problemas, mas que tudo estaria resolvido. "Então, essas coisas têm que ser administradas, conversadas, discutidas e é o que estamos fazendo. É a primeira reunião do conselho, eu acredito que a reunião foi muito boa, excelente (…) Houve concordância dos termos principais", afirmou.
A respeito da saída de Moisés Sachetti do projeto de reeleição, Carlos Bezerra demonstrou estranheza quanto à retirada do republicano do projeto, ainda mais quanto ao apoio mantido a Maggi na disputa pelo Senado e não apoio a Silval. "Uma questão estranha. Ele diz que brigou com o Blairo, mas continua o apoiando e não apóia o Silval. Estranho, mas quem tem que explicar isso é o PR e o Sachetti e não eu", destacou.
Coordenação
Bezerra informou que o candidato a vice-governador, Chico Daltro (PP), assumiu temporariamente a coordenação geral da campanha, mas que deverá ser substituído brevemente. "Ficou mais ou menos conversado que ele [Daltro] só vai fazer essa preliminar, para dar andamento na coisa, depois vamos escolher outro coordenador geral, já que ele não deve ficar na coordenação geral", revelou.
O peemedebista ainda disse que essa decisão de Daltro deixar a coordenação de campanha foi consenso entre o conselho, que é formado pelos candidatos da majoritária, os presidentes do PMDB, PR, PT e PP e um representante dos outros partidos aliados. "Houve concordância que ele [Daltro] deve ir para campanha pedir voto e não ficar na função burocrática da campanha. Ele está provisoriamente ajudando no andamento da campanha", informou.