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Uma pesquisa inédita do CFM (Conselho Federal de Medicina) ajudará a entender o alto número de cesarianas realizadas no Brasil.
Há indícios de que o elevado número de cesarianas esteja relacionado
com remuneração, agenda profissional e planejamento hospitalar
com remuneração, agenda profissional e planejamento hospitalar
Nomeada Pesquisa Médica sobre Assistência Obstétrica na Saúde Suplementar, organizada pela Comissão de Parto Normal do CFM, a coleta de dados terá início nesta terça-feira (8) e tem como alvo os 16.163 médicos associados à Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde em 2008 revelou que 43% de todos os partos realizados no país são cesarianos. Na rede de assistência suplementar o número de cesarianas representa 80% do total de partos. Os índices são muito superiores ao que é recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), de 15%.
Segundo o coordenador da comissão José Fernando Maia Vinagre, “há indícios de que o elevado número de cesarianas esteja relacionado com remuneração, agenda profissional, planejamento hospitalar, estrutura de atendimento, desinformação e a alguns outros fatores”.
– A pesquisa verificará se estes indícios correspondem à realidade e qual é o peso de cada fator no momento da escolha pelo tipo de parto.