Anvisa proíbe comercial de produto para aumentar pênis

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu proibir a empresa Espicher, fabricante de um produto com o mesmo nome e que promete aumentar o pênis, de fazer propaganda pelo sistema. A instituição diz que o produto não tem registro, o que torna sua venda ilegal no país. 

O site do mecanismo já foi tirado do ar, mas vídeos no YouTube ainda mostram como funciona o sistema. O Espicher promete a extensão do pênis por meio de "tração". Um suporte em forma de anel deve ser colocado em volta da base do membro. Depois, uma alça de silicone deve ser acoplada em torno da glande. Finalmente, "hastes 100% aço inox" ligam as duas pontas da alça à base do produto. "Um sistema único de roscas", que os fabricantes dizem ser "simples e seguro", estica o pênis. 

A recomendação é usar diariamente por até seis horas, durante as atividades cotidianas. A empresa diz ainda que o mecanismo "não causa dor", já que a "regulagem é precisa" e feita pelo próprio usuário "conforme a sua sensibilidade". A explicação é que o "Espicher trabalha como um exercício, estimulando a renovação das células".

O problema é que não houve médicos especializados em urologia envolvidos no projeto. Caio Braga, de 27 anos, um dos diretores da empresa que vende o produto, diz que a empresa "trabalha junto a alguns médicos para iniciar alguns acompanhamentos assistidos por profissionais urologistas". Braga é formado em administração.

Não há evidências científicas de que esses métodos funcionem. A Sociedade Brasileira de Urologia (SUB) não reconhece a eficácia desse tipo de procedimento ou de cirurgias que prometem o aumento do pênis. Com isso, o interessado em aumentar o "dote" pode não só gastar dinheiro com algo que não funciona (um Espicher vai custar R$ 300), mas também ter problemas graves no membro, diz Giacomo Errico, secretário-geral da SBU. Ele diz que esse tipo de tratamento "não tem o menor cabimento".

– Fazer isso pode gerar isquemia [fluxo de sangue insuficiente para manter as funções do órgão], com pouco aporte de sangue na região. Uma região não irrigada está sujeita a infecções, necrose e outras complicações mais sérias.

 

Apesar desses problemas todos, Braga diz que a ideia é seguir em frente com o lançamento – hoje o produto está em teste em dez usuários. Ele diz que a empresa enviou os documentos para regulamentação na Anvisa há cerca de oito meses, mas ainda não teve resposta. O empresário negou que já estivesse vendendo o Espicher por meio do site. A tentativa ali era apenas "testar o mercado".

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