Pagot nega corrupção e diz que não foi citado pela PF

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O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, negou, nesta segunda-feira (25), por meio de sua assessoria de imprensa, que tenha sido citado em relatório final da Polícia Federal a respeito da Operação Castelo de Areia.

As investigações tiveram como objetivo desmantelar um suposto esquema de corrupção patrocinado pela empreiteira Camargo Correa, acusada de fazer doações ilegais a partidos políticos. A denúncia foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, na edição de sábado (23), e reproduzida pelo MidiaNews.

"Luiz Antonio Pagot repudia, veementemente, a veiculação de informações vazias, desencontradas e sem qualquer comprovação. O DNIT nunca foi citado pela Justiça a prestar quaisquer esclarecimentos com relação a essa operação da Polícia Federal e, até hoje, não teve acesso ao referido relatório", diz nota encaminhada à redação do site. 

De acordo com a Folha, uma planilha encontrada em um pendrive (dispositivo que armazena dados) apreendido pela Polícia Federal aponta que a Camargo Corrêa doou R$ 4 milhões em dinheiro, sem recibo nem registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a políticos nas eleições de 2006. O documento teria sido apreendido em março de 2009, na casa de Pietro Bianchi, um dos diretores da construtora.

Os papéis se referem à negociação de um aditivo de R$ 155 milhões pagos à empresa. Citou, também Luiz, Antonio Pagot e o PP – partido ao qual o ministro Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União, era filiado quando deputado federal. No caso de Pagot, aparece grifado o termo "compromisso", estipulando o valor de R$ 500 mil, conforme nota da coluna "Painel", da Folha.

O relatório final da Polícia Federal aponta, ainda, supostos indícios de interferência de Nardes  para liberar obras da eclusa do Tucuruí (PA), tocada pela empreiteira Camargo Corrêa. O nome dele aparece em manuscritos apreendidos na sala de um executivo da empreiteira. Pagot diz, na nota, que as obras são de responsabilidade da Eletronorte.

Confira a íntegra da nota enviada pela Assessoria de Imprensa do DNIT:

Com relação à nota "Facilidades", publicada sábado 23, no painel do jornal Folha de São Paulo, sobre a operação "Castelo de Areia" da Polícia Federal, o DNIT esclarece:

As eclusas de Tucuruí são obras sob a responsabilidade de execução direta da Eletronorte, sendo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) o órgão responsável pelo repasse de recursos e por aferir as prestações de contas. A construção das eclusas é uma obra iniciada há mais de 25 anos, com um projeto que, ao longo da execução, se demonstrou defasado, numa série de itens que são importantes para a conclusão da obra. Sendo assim, são mais do que necessárias as revisões em fase de obras, os aditivos e obras complementares, muitas advindas de recentes exigências socioambientais.

O 13° aditivo dessa obra, feito em 17 de dezembro de 2008, quando o atual diretor-geral do DNIT, Luiz Antonio Pagot, já estava à frente da autarquia, é referente a recursos necessários para continuidade dos trabalhos executados pela Eletronorte. Todo o processo para aprovação desse aditivo passou pela Diretoria Colegiada e Auditoria do DNIT, pelo Gepac que tem representações de vários ministérios e ainda teve manifestação por parte do colegiado do Tribunal de Contas da União (TCU).

As empresas que hoje tocam as obras de construção das Eclusas são: obras civis – Camargo Corrêa; obras eletromecânicas – o consórcio Bardela/Odebrecht.

Luiz Antonio Pagot repudia, veementemente, a veiculação de informações vazias, desencontradas e sem qualquer comprovação. O DNIT nunca foi citado pela Justiça a prestar quaisquer esclarecimentos com relação a essa operação da Polícia Federal e até hoje não teve acesso ao referido relatório.

Assessoria de Comunicação do DNIT

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