Ao lado do presidente Lula (PT) e membros da bancada federal de Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (União) assinou o termo de transferência para assumir a gestão da BR-163, que agora será administrada pela MT Par e receberá o nome de “Nova Rota”.
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A cerimônia ocorre no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (4). Durante o evento, Mendes enalteceu o apoio do governo Federal nas negociações para que o Estado pudesse assumir a rodovia.
“A partir de amanhã daremos a ordem de assinatura para dar a ordem de trabalhos de requalificação da rodovia. Agradeço ao presidente da República por permitir que os bancos oficiais pudessem concluir o processo de transmissão da dívida que existia com o bom desconto e ao Renan, ministro da Infraestrutura, que fez um bom trabalho nessa largada”, disse.
Fim da novela
A transferência da rodovia, classificada como “histórica e inovadora” pelo próprio chefe do Executivo, põe fim numa longa negociação feita entre o governo e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que possibilitará que as obras de duplicação e recuperação da rodovia tenham início ainda em 2023.
O Estado, por meio da MT Par, comprou as ações da Odebrech e passará a ter o controle acionário da empresa Rota do Oeste. A alternativa para o impasse foi construída junto ao Tribunal de Contas da União (TCU). Desde então, o Executivo buscou a renegociação de R$ 920 milhões em dívidas da concessionária. No final de março, o governo recebeu o último aceite para seguir com a troca do controle acionário.
Investimento na retomada da duplicação e das melhorias de trechos críticos da BR-163 pelo governo de Mato Grosso está estimado em R$ 1,6 bilhão nos próximos dois anos.
Inicialmente foi previsto aporte de R$ 1,2 bilhão, mas o governo anunciou complementação de R$ 400 milhões para outro pacote de obras programadas para o 1º ano de concessão, incluindo a recuperação da pista simples da rodovia federal, concedida à iniciativa privada em 2014