O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que a economia de Mato Grosso vai bem, mesmo com a pandemia da covid-19. Em entrevista ao Canal Rural, o gestor afirmou que “95% da atividade econômica do estado está acontecendo com normalidade” e que apenas as atividades de menor impacto, como festas, shows e cinemas é que estão fechadas.
Na entrevista divulgada na segunda-feira (10), o governador falou sobre a “normalidade” na economia do Estado. “O comércio, indústrias e as cadeias do agronegócio estão funcionando”.
Ele enfatizou que a paralisação das atividades só deve ocorrer quando a ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estiver acima de 60% e variando a cada município, pois as realidades são diferentes.
“Estamos seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde, que classifica a paralisação de acordo com a capacidade de atendimento de saúde de cada lugar. Então, se nós temos capacidades de atender às pessoas o nível de ocupação é baixo no estado, por que preciso fazer uma paralisação geral? Agora é fato, se o número de casos começar a crescer, nós vamos tomar novas medidas restritivas para diminuir essa curva de crescimento, e não ultrapassar a capacidade da saúde”, explicou o governador.
Sobre os prejuízos ao agronegócio, Mendes disse que a situação está estabilizada. “O agro está indo bem, a exportação de soja por exemplo, com preços em função do dólar está razoável também. Mas o mundo está passando por temores, de incerteza. O algodão, por exemplo, ninguém sabe como pode ficar. Grande parte da safra está vendida. A dúvida é: será que esses players vão honrar com esses contratos? Existe hoje um oceano de incertezas, uma incerteza maior ainda porque ninguém sabe a profundidade e as consequências na economia no Brasil e no mundo”.
Ele também negou que irá usar o Fundo de Habitação e Transporte (Fethab) para o combate à covid-19, mesmo com a recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para essa ação.
“Já adianto que essa não será uma decisão que vai alcançar o governo de Mato Grosso. Eu não vejo legalidade nisso, porque o TCE não pode passar por cima de uma lei que claramente tem diretrizes sobre a aplicação desse dinheiro. O governo não vai tirar neste momento nenhum dinheiro da infraestrutura que tem origem do Fethab para investir em outro setor”, enfatizou.