Após denúncia, Mendes não sinaliza afastamento de presidente do Indea

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Vitória Lopes/GD

Em entrevista nesta noite de quarta-feira (13), no Palácio Paiaguás, o governador Mauro Mendes (DEM) não sinalizou o afastamento imediato do presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Marcos Catão Dornelas Vilaca, denunciado por assédio sexual.


Ainda que a primeira-dama Virgínia Mendes tenha se posicionado a respeito da acusação de assédio sexual, o chefe do Executivo estadual se limitou a dizer que os fatos serão apurados e devidamente investigados pela lei, conforme explicou em entrevista coletiva.


“Tomei conhecimento disso essa semana pela mídia. Ele está de férias e, portanto, afastado. Ele retorna segunda-feira, vai ter oportunidade de se explicar e dependendo do que ele conversar com as áreas técnicas do governo, alguma decisão deve ser tomada”, disse.



A publicação da primeira-dama foi feita em rede social. Ela conta que assim que tomou conhecimento da denúncia, solicitou ao marido, o governador Mauro Mendes, que tomasse as providências necessárias em relação ao caso.


As penalidades serão aplicadas conforme andamento da investigação, diz Mauro. “Não é porque alguém denunciou alguém, não é porque alguém falou… Nós vamos apurar os fatos, o governo tem áreas para fazer isso e isso está sendo feito, a verdade sendo apurada e as responsabilizações serem realizadas”.


“As providências sempre serão tomadas, mas nunca ao contrário da lei e daquilo que é correto. As pessoas serão ouvidas, existe um inquérito que está aberto e vai ser apurada a verdade”, afirma.


O caso
Jovem de 19 anos trabalhava no órgão até ser convidada para ser assessora direta de Marcos, assim que ele assumiu a presidência. Ela relatou á Polícia Civil que, assim que passou a exercer a função, fazia atividades que não tinham relação com o seu trabalho, como servir café, água e até escolher a comida do ‘chefe’.
Na data do assédio, uma quinta-feira 12 de novembro, ela entrou na sala de Marcos para repor garrafas de água e foi orientada por ele de que ‘não precisava usar máscara no local’. Em seguida, olhando diretamente para ela, começou a massagear o pênis por cima da calça.
A vítima ficou em choque, mas ainda assim, foi trabalhar no dia seguinte. Ela chegou a contar ao pai o que havia acontecido e foi encorajada a pedir exoneração e a denunciar o caso, para que não venha a ocorrer com outras mulheres. Segundo ela, o suspeito tem posição social privilegiada e poder político, por isso, teme represálias.

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