O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro tornou
o prefeito Marcelo Crivella inelegível por 8 anos, por abuso de poder político.
A sessão realizada nesta quinta-feira (24) foi continuação do julgamento
iniciado na última segunda-feira (21), que foi interrompido por pedido de vista
do desembargador Vitor Marcelo Rodrigues.
Com o voto favorável ao do relator, dado logo no início da
sessão, o resultado ficou em 7 x 0 contra o prefeito do Rio, condenado pela
realização de um evento político ocorrido em 2018, quando funcionários públicos
foram levados em carros oficiais.
Crivella foi condenado por abuso de poder político, pela
participação de funcionários da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) em um
encontro de apoio a seu filho, Marcelo Hodges Crivella, que concorria a
deputado federal, mas não se elegeu. O prefeito também foi condenado ao
pagamento de multa no valor de R$ 106 mil. A condenação à inelegibilidade pelos
próximos 8 anos conta a partir de 2018.
Nota
A prefeitura se manifestou em nota, adiantando que o
prefeito vai recorrer da decisão, alegando conflito de interesse entre um dos
desembargadores que participou da votação e a empresa Lamsa, concessionária da
Linha Amarela.
“O prefeito Marcelo Crivella vai recorrer da decisão, e
estuda um pedido de anulação da votação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE),
visto que um dos desembargadores, Gustavo Alves Pinto Teixeira, votou, mas é,
ao mesmo tempo, advogado da Lamsa – a concessionária contra a qual o prefeito
luta na Justiça para pôr fim ao preço exorbitante do pedágio na Linha Amarela.
O advogado Gustavo Teixeira havia se declarado impedido de votar, mas mudou de
posição, apesar do conflito de interesses entre a sua cliente, Lamsa, e o
prefeito. Cabe destacar que o prefeito Crivella não está, de forma alguma,
impedido de disputar as eleições, e vai concorrer à reeleição”, diz a nota.
Agência Brasil