Crise pode custar R$ 27 bilhões ao governo

Data:

Compartilhar:


Estadao

O custo fiscal da crise de combustíveis provocada pela paralisação dos caminhoneiros já chega a R$ 13,4 bilhões e pode subir para R$ 26,9 bilhões se o Congresso Nacional reduzir a zero a alíquota do PIS/Cofins sobre o diesel. Depois do acordo com os caminhoneiros, a equipe econômica tenta evitar um aumento da perda de arrecadação com a desoneração do PIS/Cofins, que já foi aprovada pelos deputados.

Chico Ferreira

A estratégia agora é negociar com os senadores a retirada da medida do projeto que trata da reoneração da folha de pagamento. O texto-base aprovado na Câmara na quarta-feira acaba com a desoneração para 28 setores e traz a proposta de zerar o tributo sobre o diesel.

Parlamentares, no entanto, defendem que a alíquota seja reduzida à metade e passe a vigorar no patamar que estava antes da alta promovida em setembro passado para aumentar a arrecadação. Há, lideranças que apostam na manutenção da redução a zero da alíquota do PIS/Cofins na votação do Senado, o que deixará para o presidente Michel Temer a decisão final de vetar ou não a medida.

Pelos cálculos da equipe econômica, o custo da zeragem do PIS/Cofins é de R$ 13,5 bilhões, caso a medida vigore de junho a dezembro. O impacto do mês de dezembro – estimado em R$ 1,9 bilhão – será verificado nas contas de janeiro. Por ano (janeiro a dezembro), o Ministério da Fazenda estima impacto de R$ 20 bilhões caso o PIS/Cofins seja desonerado integralmente.

Devido ao elevado impacto financeiro, a equipe econômica optou em adotar um subsídio orçamentário para reembolsar a Petrobrás para manter o preço do diesel fixo. Essa política vai custar R$ 4,9 bilhões ao governo até o fim do ano. A despesa ficará fora do teto de gasto, como já adiantou o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia.

O custo foi calculado com base na expectativa de perda da estatal com o preço congelado por 15 dias (R$ 350 milhões), mas o preço do petróleo no mercado internacional e o câmbio podem aumentar as despesas para manter a ‘conta diesel‘.

Além disso, o governo perderá R$ 2,5 bilhões com isenção da Cide do diesel. O decreto do presidente Temer só será editado depois que o Congresso concluir a votação do projeto da reoneração da folha de pagamento – que acaba com o benefício criado pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Foi nesse projeto que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez uma manobra política de última hora e conseguiu incluir a isenção do PIS/Cofins com informações erradas de que a renúncia seria de R$ 3,5 bilhões.

O cálculo de Maia era de que receitas extras com royalties de petróleo compensariam a decisão. Mas o impacto dessa receita já havia entrado na conta do governo que permitiu a liberação de R$ 2 bilhões de despesas do Orçamento.

O governo perdeu mais R$ 6 bilhões na economia prevista com o aumento da arrecadação com a aprovação da reoneração. Como a Câmara reduziu os setores reonerados de 56 para 28, a previsão de arrecadação caiu de R$ 9 bilhões para R$ 3 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas

Secretaria Municipal de planejamento agiliza projeto de sustentabilidade econômica através de cooperativa em Nova Canaã do Norte.

A cooperativa agroecológica Portal da Amazônia é uma iniciativa destinada a unir pequenos produtores rurais de Nova Canaã...

CONHEÇA AS CANDIDATAS À RAINHA DA EXPOLÍDER 2024

https://www.youtube.com/watch?v=8Sxv3hC2Ens

REQUERIMENTOS

https://www.youtube.com/watch?v=FSEm81Fu4Lo