Sem jogar há praticamente um mês e meio, Paulo Henrique Ganso segue encostado no Sevilla, não foi relacionado nem sequer uma vez pelo técnico Vincenzo Montella e voltou a ser procurado pelo Orlando City, da MLS (Major League Soccer). O jogador também foi cortado da Liga dos Campeões, mas ainda não tem planos ir para outros mercados.
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Essa não é a primeira investida dos norte-americanos sobre o jogador de 28 anos. Em 2015, o clube tentou a sua contratação ao São Paulo e havia encaminhado acordo salarial, porém esbarrou na diretoria tricolor. Dessa vez, a sondagem não chegou ao Sevilla e parou ainda em seus representantes, que não se animaram com a saída da Europa e acenaram com valores altos.
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O Orlando sinalizou ainda antes da abertura da janela de transferências que os vencimentos do meio-campista, ao redor de 2 milhões de euros anuais (R$ 7,7 milhões) sem impostos, não seriam entrave.
Diante da negativa de seu estafe, o time que procurava um substituto para o recém-aposentado Kaká direcionou os seus esforços para a revelação paraguaia Josué Colmán, do Cerro Porteño, para ser o seu camisa 10 e deixou o brasileiro, ao menos por enquanto, de lado.
A recusa surpreende porque Ganso nunca se mostrou avesso a uma mudança para os Estados Unidos e, de acordo com informações que circulam no mercado, pessoas próximas a ele fizeram, inclusive, consultas recentes sobre imóveis exatamente em Orlando. Com dois filhos pequenos, a sua família vê o país com bons olhos. Não foi possível avançar neste momento, contudo.
O Orlando City mudou toda a sua espinha dorsal do meio para frente, buscou também o espanhol Oriol Rosell, ex-Sporting, Portimonense e Barcelona, em Portugal e entra como um dos favoritos na MLS.
CALVÁRIO
Conforme mostrado anteriormente pelo UOL Esporte, o Sevilla fez de tudo para se desfazer do atleta na última janela de transferências europeia.
Entre outros, os espanhóis ofereceram o seu futebol por empréstimo a Deportivo La Coruña, Real Sociedad e Celta de Vigo e ouviu ‘não’ de todos eles, mesmo deixando claro que aceitaria seguir arcando com metade de seu salário.
Em paralelo a isso, o agente Giuseppe Dioguardi, o Pepinho, viajou até o continente europeu, esteve com Ganso e se reuniu com o clube para discutir o seu futuro com o diretor de futebol Óscar Arias. Nos últimos dias, ele participou de reuniões em Portugal e acompanhou partida do Estoril, equipe mantida pela TFM (ex-Traffic), ao lado de outros empresários. Para piorar, o ex-jogador de Santos e São Paulo foi cortado da lista de jogadores para a fase final da Liga dos Campeões.
A situação de Ganso, como um corte também na liga espanhola, só não é ainda mais alarmante porque o Sevilla não conseguiu fechar a vinda de Marcelo Brozovic em negociação com a Inter de Milão que se arrastou até a quarta-feira, 31. O croata era o pedido de Montella para o lugar de Ganso, que teria, assim, de ceder a sua camiseta.
Com a saída do técnico Eduardo Berizzo, em dezembro, havia a expectativa de que o meia pudesse, enfim, embalar no estádio Ramón Sánchez Pizjuán. A escassez de chances havia acontecido com o também argentino Jorge Sampaoli e agora se desenha com Montella. O retrospecto do Sevilla, ainda assim, é excelente com a sua presença em campo – apenas uma derrota em 11 partidas em 2017/18.Sem passaporte europeu, Ganso tem contrato até junho de 2021 em Nervión. Com informações da Folhapress.