São Paulo – Uma pesquisa do Datafolhadivulgada hoje mostra que os parlamentares brasileiros estão divididos sobre a saída de Temer e não têm um nome favorito para uma possível eleição indireta.
A Constituição determina que se o presidente Michel Temer sair do cargo ou for afastado, seu sucessor será escolhido via eleição indireta em Colégio Eleitoral.
É grande a chance de que Temer não termine o seu mandato diante da crise política disparada pela delação dos executivos da JBS.
47% dos parlamentares ouvidos consideram que o presidente deveria sair. Dentro desse grupo, 36% defendem renúncia, 34% querem cassação no Tribunal Superior Eleitoral e 6% apostam em impeachment. Para 40%, o presidente deve ficar.
A pesquisa ouviu 275 deputados (54% da Câmara) e 36 senadores (44% daquela Casa) entre terça (30) e sexta (2).
61% deles não citam espontaneamente um candidato para eleição indireta e 15% não quiseram falar sobre a hipótese.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi citado espontaneamente por 9% dos parlamentares pesquisados.
Curiosamente, Maia não foi citado como candidato por nenhum senador mas chegou a 15% entre os deputados.
O ex-ministro Nelson Jobim (PMDB) e os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram citados por 2% cada.
Em um segundo cenário, o Datafolha apresentou uma lista de possíveis candidatos para a eleição indireta.
Maia segue liderando com 13% seguido pelo ex-ministro Nelson Jobim (7%) e FHC, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e o senador Alvaro Dias (PV-PR) – cada um com 5%. O senador Tasso Jereissati (CE), possível nome do PSDB para uma chapa, tem 4%.
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