A Gazeta
O governador Pedro Taques (PSDB) admitiu que o esquema de corrupção descoberto com a Operação Rêmora causou prejuízo aos trabalhos de reformas e construções de unidades de ensino em Mato Grosso.
Ele destacou que das 759 escolas existentes, 400 precisam de reparos atualmente, e que o atual secretário de Educação, Marco Marrafon, tem trabalhado para garantir a melhora na estrutura das unidades. “A corrupção é muito grave, não interessa o valor. O dinheiro pertence ao cidadão.
Mayke Toscano Atual secretário de Educação do Estado, Marco Marrafon |
Neste caso da Seduc falam inicialmente em R$ 56 milhões, mas isso não existe. Não chega nem a R$ 1 milhão, o que não deixa de ser grave, mas é preciso restabelecer a verdade. Houve prejuízo? Sim, houve, algumas obras foram paralisadas, mas o secretário Marrafon deu continuidade e este prejuízo já foi superado”, destacou o governador.
Taques destacou que os fatos descobertos, que marcam o primeiro caso de corrupção em sua gestão, devem ser investigados a fundo. “Assim que foi descoberto, no mesmo dia exoneramos o secretário, sem fazer pré-julgamentos. Estes fatos tem que ser investigados na medida da lei”.
No dia em que o Ministério Público Estadual (MPE) deflagrou a Operação Rêmora, o governador exonerou o então titular da Secretaria de Estado de Educação, Permínio Pinto.
Do mesmo modo, o governador defende que haja uma apuração do que alguns acusados de participação no esquema afirmaram em depoimento. Entre os fatos narrados está a versão de que houve caixa 2 na campanha do tucano ao comando do Palácio Paiaguás.
“Quando eu entrei na política tinha certeza de que seria acusado injustamente de algumas coisas. Estou absolutamente tranquilo. Nossas contas foram aprovadas por unanimidade na Justiça Eleitoral. A respeito dos depoimentos em delação, precisamos saber em quais circunstâncias as pessoas falam para sair da cadeia. Eu não tenho tempo para ter medo. Passar pelo que passei, chegar a ser governador do Estado em que nasci, não me deixa com tempo de ter medo”.