a CPI do Futebol no Senado. Em votação, o relatório aprovado foi o de Romero Jucá, com propostas para mudar o esporte no Brasil, levando a melhor sobre o documento “alternativo” feito por Romário e Randolfe Rodrigues, que pedia o indiciamento de Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo del Nero.
A CBF teve três representantes na sessão desta manhã, como o secretário-geral Walter Feldman (com rondagem de décadas nos corredores de Brasília) e o deputado federal Vicente Cândido, integrante da “bancada da bola”.
No entanto, o ex-atacante prometeu levar seus arquivos às autoridades.
“Durante meses de intenso trabalho, nos debruçamos sobre milhares de documentos e comprovamos que uma organização criminosa, estruturada por dirigentes e até políticos, vem destruindo o futebol brasileiro. Enquanto dirigentes roubam para manter uma vida de luxo, nosso esporte morre à míngua”, escreveu o tetracampeão no Facebook.
“Diante dessa constatação, apresentei junto com o senador Randolfe Rodrigues um relatório alternativo e pedi o indiciamento de nove pessoas. O relator, Romero Jucá, entendeu que o objetivo da CPI era somente propor mudanças estruturais, sem investigar. Hoje, os dois relatórios estavam à disposição do plenário, sugeri que eles fossem mesclados, para que pudéssemos dar uma resposta à altura da expectativa daqueles que nos confiaram o voto. Infelizmente, não fui ouvido. O relatório do Jucá foi aprovado”.
“O que acontece agora? Perdemos? Claro que não. Como foi dito por alguns senadores durante a sessão, em muitas CPIs, o relatório alternativo (não aprovado) deu mais resultado que o oficial. O próprio Romero Jucá afirmou aos jornalistas que seu relatório tem o nome das pessoas que pedi indiciamento”, admitiu Romário.
“Tanto o meu relatório, quanto o do senador Jucá serão encaminhados para o Ministério Público, para a Polícia Federal e para a FIFA. Cabe agora a essas entidades continuar as investigações e tomar as providências cabíveis”, continuou.