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Lideranças do Partido Social Democrático (PSD) avaliou como muito positivo o desempenho da sigla nesta corrida eleitoral nos municípios. Elegeram 24 prefeitos, 16 vices e 182 vereadores. O vereador mais votado da Câmara de Cuiabá e do Estado, Toninho de Souza, é filiado ao partido. E, de acordo com o presidente regional do PSD, o vice-governador Carlos Fávaro, “certamente esse número deve aumentar após a diplomação e posse”, porque o partido recrutará novos parceiros.
Em coletiva à imprensa, com presença dos deputados estadual Gilmar Fabris e Nininho; deputado federal Tampinha; prefeito eleito em Lucas do Rio Verde, Luiz Binotti; vereador Toninho de Souza, dentre ouros políticos filiados, o presidente atribui as conquistas ao momento político enfrentado em todo o país.
“O momento é de renovação. O PSD é um partido que está se consolidando. Aqui no Estado, estamos consolidando como a 2ª maior força. Compromisso com o novo modelo de fazer política”, afirma Fávaro.
Apesar de o número de prefeitos do PSD ter diminuído entre a eleição municipal anterior e agora (antes eram 39), ele não enxerga a diferença como uma queda na representatividade da sigla. “Agora é a hora de buscarmos novas lideranças. O partido não tinha 39 lideranças, foi construindo as lideranças. 20 disputaram a reeleição, 10 ganharam. É preciso fazer o rearranjo do partido. Considero um grande momento”, avalia.
A derrota do partido em grande pólos, como Sinop, Tangará da Serra e Rondonópolis, também não é analisada como um problema. “A derrota em Sinop é de 4, 5 pontos percentuais. Em Tangará da Serra também. A base ainda é muito forte. 50% dos eleitores é da nossa base. Rondonópolis é exemplo dessa força, Sinop, Tangará. A soma dos votos a base é maior que o da oposição”, diz o presidente, celebrando a força do grupo.
Gilmar Fabris acredita que a grande força do partido, atualmente, é o grupo político. “Este grupo político só tem um jeito de ‘não dar ele’ na próxima eleição: é seu esfacelamento. Cada um tem seu espaço, sabe seu tamanho. A grandeza do partido é que ninguém ta querendo tomar o lugar do outro. Aqui é natural. Se você está em melhores condições, vai ser o candidato. Quando não se atropela fatos, não há derrota”, diz o parlamentar.
História em Lucas do Rio Verde
Após 20 anos que o grupo político de Otaviano Pivetta (PSB) liderar a política em Lucas do Rio Verde, o PSD elegeu Luiz Binotti no último dia 2, em uma votação bastante acirrada – cerca de 200 votos separaram os dois candidatos.
“Como tudo na vida, satura, cansa as mesmas idéias de 20 anos atrás. É preciso oxigenar. Tem coisa boa? Reconhecemos. Mas, cansa. Sangue novo, vontade de trabalhar, responsabilidade, um fundador do município. Esse foi o segredo da vitória”, dispara Fávaro.
Ele ainda não acredita que o fato de o Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-MT) ter impugnado a candidatura do adversário decidiu o resultado. “As pesquisas já apontavam que Binotti ganharia. Ele ganhou no voto”.
2018
Os líderes partidários ainda ventilaram nesta manhã possibilidades para as eleições de 2018.
O atual vice-governador, por exemplo, é sugerido como possível candidato a senador da República.
“É jovem, bom discurso, trabalhador. Eu perguntei ao senador Jayme Campos se ele queria ser senador, ele falou que queria ser suplente. Eu perguntei se ele aceita ser suplente do Fávaro. Ele me disse ‘manda falar que sim’”, conta Fabris.
Os vereadores Domingos Sávio (Cuiabá) e Maninho (Várzea Grande), que poderiam ter sido candidatos neste pleito, esperaram.
“Quando uma pessoa se predispõe em ser pré-candidato, tem que pensar em se eleger e cumprir os compromissos. Se ele tem outro objetivo, precisa reavaliar, preservar para cumprirmos no momento certo o objetivo político dele. É isso que fizemos com esses candidatos”, já adiantou o presidente do partido.