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O deputado Romoaldo Júnior (PMDB) negou que teria cobrado R$ 500 mil em propina do advogado Júlio César em cima de pagamento de créditos de R$ 9,4 milhões de uma dívida da Assembleia Legislativa com o antigo banco HSBC.
Júlio César, que é réu na ação penal da ‘Operação Ventríloquo’, depôs na 7ª Vara Criminal de Cuiabá na tarde desta sexta-feira (15) e revelou em seu depoimento para a juíza Selma Rosane Santos Arruda, que o parlamentar teria cobrado propina para alguns serviços no Legislativo, em 2013 ano em que presidiu a Casa.
Por outro lado, Romoaldo alegou não conhecer Júlio Cesar. “Ele pagou esse valor que ele está dizendo? Esse rapaz não me conhece e eu jamais ameacei ninguém na minha vida”.
Na época, conforme Romoaldo, o valor de R$ 9,4 milhões teria sido pago ao delator do esquema, o advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo. “Se eu fosse pedir propina pediria para o Joaquim e não para ele”.
O parlamentar acusou Júlio Cesar de cobrar R$ 1 milhão em propina por meio de mensagens. Romoaldo alega ter entregue cópias das conversas que manteve com o advogado ao Gaeco.
“Eu me coloco a disposição da justiça, do Ministério Público, porque esse cara é um bandido que está atirando para todos os lados. Está desesperado com os erros que ele cometeu. Essa pessoa é perigosa”.
A juíza Selma disse na audiência que Júlio Cesar seria a pessoa que gerenciou as contas que recebiam os valores pagos pela Assembleia.
O advogado em seu depoimento afirma que tem como provar as declarações por meio de documentos que foram apreendidos na operação.