Riva e ex-auxiliares se calam diante de juíza

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Depois de várias audiências para ouvir as testemunhas arroladas na ação penal fruto das Operações Metástase e Célula Mãe, chegou a vez dos réus serem interrogados pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Na audiência desta segunda-feira (28) a expectativa é que sejam ouvidos o ex-deputado estadual José Riva, seus ex-chefes de gabinete Geraldo Lauro e Maria Helena Ayres Caramelo.

No processo, também são réus os delatores do esquema, a ex-servidora da Assembleia, Marisol Castro Sodré e o contador Hilton Carlos da Costa Campo, mas ambos já foram interrogados em outra audiência.

Na denúncia, o Ministério Público Estadual (MPE) acusa José Riva de ser o chefe de uma quadrilha que desviava recursos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, a chamada verba de suprimento que era utilizada pelos gabinetes dos deputados para pequenas compras sem licitação com valores entre R$ 4 mil e R$ 8 mil. O MPE afirma que pelo menos R$ 1,7 milhão foi desviado dos cofres do Legislativo Estadual.

Veja abaixo os principais momentos da audiência

15h20 – A juíza Selma Rosane encerra a audiência ressaltando que a próxima está confirmada para o dia 27 de abril às 15h30. Ela explica que embora os interrogatórios são considerados realizados, apesar de todos ter permanecido em silêncio.

15h13 – Depois de responder aos questionamentos de seu advogado identificando planilhas em duplicidade que constam nos autos, a ex-servidora da Assembleia Legislativa é dispensada. Ela prestou esclarecimentos por cerca de 30 minutos. Mesmo com os esclarecimentos prestados por Marisol, o pedido de perícia feito pela defesa de Riva está mantido.


Marisol Castro Sodré foi reinterrogada para esclarecer ‘erros’ em planilhas

15h- Em um dos casos, Marisol assume que ocorreu um “erro material” por parte dela, em que confundiu o mês citado em uma das planilhas. Neste caso, estão falando de planilhas confeccionadas em 2010. Explica que todo mês ela colava uma planilha nova. E num dos casos ela esqueceu de atualizar uma das planilhas.

14h55 – Marisol segue respondendo ao questionamento de seu advogado, Ricardo Monteiro. Ela fala sobre as planilhas e memorandos que ela fazia, uma média de 20 memorandos por mês.

14h52 – A defesa de Geraldo Lauro não faz perguntas para Marisol. Já o advogado de Riva a questiona se é possível ter havido duplicidade em algum valor. Se tem mais de uma planilha para o mesmo mês. Ela diz que nesse caso sim. Ela diz não ter analisado todas as planilhas que constam nos autos ao responder um questionamento da defesa de José Riva. Ele questiona qual planilha deve ser levada em conta. Ela diz que deve ser a planilha que foi gerada depois. 

14h50 – Ela diz que era somente uma planilha por mês e que passava por atualizações. Ela diz que em algum momento ela pode ter cometido algum erro, ou não entendido alguma palavra. Ela diz que já tinha percebido o erro. Explica que as planilhas eram impressas todos os meses, pois precisam ser conferidas. Não ficavam apenas no pendrive. A defesa de 

14h48 – Marisol entra na sala e a magistrada explica a ela os motivos pelos quais será novamente interrogada. Explica que ela, enquanto colaboradora não pode ficar em silêncio e nem mentir, sob pena de perder os benefícios concedidos quando aceitou firmar o acordo de delação premiada. Na sequência, a juíza segue explicando as divergências e valores em reais que constam nas mesmas e que resultaram e dúvidas suscitadas pelos advogados de Riva.

14h45 – Delatora é reinterrogada – A juíza Selma Rosane sugeriu que a delatora Marisol seja reinterrogada para esclarecer as dúvidas sobre as planilhas repetidas. Os advogados dos demais réus cooncordaram. Assim, a magistrada determinou que a delatora, que se encontra nas dependências do Fórum, seja conduzida até a sala de audiência. Os advogados de Riva já tinham solicitado a realização de uma perícia nos documentos para para apurar qual é o valor exatado do suposto desvio de recursos. 

14h40 – Nadir Nascimento foi secretária de serviços legislativo por 18 anos, período em que José Riva ocupou a presidência da Assembleia Legislativa. Acredita-se que ela tem conhecimento direto dos fatos apontados na denúncia.

14h39- “Nunca me preparei tanto pra uma audiência como essa, estudei tanto, mais de 20 laudas, mas por orientação do meu advogado vou ficar em silêncio”, diz ele ao explicar que só pretende falar após o depoimento da testemunha Nadir Nascimento.

14h38 – Riva diz não saber ao todo quantos processos ele responde. “Foram desmembrados os processos da Arca de Noé e não sei quantos são”, disse ele ao responder a pergunta de Selma Rosane.

14h35- Riva está de volta à sala de audiência e vai confirmar à juíza Selma Rosane, a versã de seus advogados. Ou seja, que ele vai ficar em silêncio. 

14h29 – Termina o interrogatório de Geraldo Lauro e na sequência um dos advogados de Riva diz que vai adotar a mesma técnica, ou seja, que o ex-deputado vai permanecer em silêncio durante seu interrogatório. Mesmo assim, Selma Rosane determina que Riva retorne para a sala e diga pessoalmente que vão optar pelo silêncio.

14h28 – Em razão de não saber o que vai dizer a outra testemunha ainda não interrogada, Geraldo Lauro diz que prefere ficar em silêncio. Ele diz entender que há nos autos elementos contra ele que confirmem as acusações que o Ministério Púbico imputa a ele. 

14h26 – A magistrada segue explicando ao réu, os termos da audiência, os direitos que ele tem e os crimes pelos quais ele é processado ao lado de vários outros réus. O processo foi desmembrado dos demais porque existem réus presos, inclusive ele, que teve pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

14h-24 – Ele confirma que só responde a processos na sétima Vara Criminal, todos em decorrência da Operação Arca de Noé. Diz não saber quantos são, ao todo.

14h23- Depois de uma pausa para conversar em particular com seu advogado, Gerado Lauro retorna para a sala de audiência e começa a ser interrogado pela magistrada. Ele diz que tem nível superior, formado em gestão pública. 

14h12 – A magistrada pede que Riva seja retirado para ser interrogado o réu Geraldo Lauro. Riva se retira da sala.

14h10 – A defesa de Geraldo Lauro pede que ele seja interrogado em outra data, depois de uma testemunha que ainda não foi ouvida. Selma Rosane negou o pedido e diz que ele será interrogado e tem a prerrogativa de, caso queira, ficar em silêncio. A defesa de Lauro vai conversar com ele.

14h05 – Defesa quer que Maria Helena seja interrogada em outra data. A magistrada aceitou redesignar a o interrogatório de Maria Helena para o dia 27 de abril às 15h30. 

14h03 – José Riva diz que se nunca se passou de R$ 80 mil a soma da verba de suprimentos dentro de um mês na Assembleia. Ele diz isso ao justificar que foram detectadas a sobreposição de várias planilhas idênticas e por isso chegou-se a um montante de R$ 700 mil num determinado mês. A juíza diz que a delatora Marisol Castro precisa justificar isso, pois as planilhas estavam e posse dela. A magistrada diz que as planilhas são repetidas, mas não são idênticas. Riva se reveza com um dos seus advogados questionando planilhas semelhantes que estão anexadas nos autos. A questão será esclarecida posteriormente.

13h55- Aberta a audiência, a juíza Selma Rosane começa a falar sobre as testemunhas não localizadas e que foram dispensadas pelas defesas. Um dos advogados de Maria Helena insiste na oitiva da testemunha Nelcir, o responsável pela Casa de Apoio que era mantida pela Assembleia quando José Riva presidia a Casa. Pediu que ele, se possível, seja ouvido como testemunha do juízo.  

13h49 – José Riva acaba de chegar e cumprimenta a todos os presentes no local.

13h40 – A audiência ainda não começou, mas os advogados já estão presentes na sala da 7ª Vara Criminal. Por enquanto, apenas Maria Helena Caramelo está presente e já sentada à mesa acompanhada de seus defensores. A juíza Selma Rosane se prepara para abrir a audiência. Riva e Geraldo Lauro continuam presos no Centro de Custódia da Capital, e, dessa forma, chegam escoltados por agentes da Segurança Pública. 

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