A Gazeta
Grávida de gêmeos, com cinco meses de gestação, fica cerca de 12 horas sem alimentação em delegacia depois de ser acusada de integrar bando que invadiu residência e manteve família refém. A diarista Maria Helena de Almeida Souza, 48, foi presa por policiais militares por volta das 22h do sábado (13), quando foi até a rua das Orquídeas, no bairro Bosque da Saúde, depois de receber o telefonema de um dos criminosos que estava dentro da residência. Ele pediu que ela avisasse a mãe dele para ir até o local e acompanhar sua redenção, durante negociação com a Polícia Militar.
A mãe do jovem não foi, mas Maria resolveu ir pois suspeitou que o companheiro dela, Vilson Ferreira de Souza, 55, estivesse no local. Lá, acabou detida por policiais militares, já que teria sido apontada como uma das criminosas que dava apoio ao trio que invadiu a casa. Vilson foi morto com um tiro de arma calibre 12 no peito, na casa vizinha ao roubo. Os outros dois suspeitos, Luan de Jesus Silva Miranda, 22, e Jean Carlos da Silva, 23, se entregaram e foram autuados.
Hipertensa e com gravidez de risco, a diarista passou mal e foi encaminhada pela Polícia Militar até a UPA da Morada do Ouro. Lá, segundo ela, não chegou a passar por exame clínico de nenhum profissional. Apenas recebeu administração de soro e foi liberada por volta das 4h, encaminhada em seguida para a Central de Flagrantes. Lá, ficou na cela até 15h do domingo (13). Recebeu apenas um copo de leite para tomar os medicamentos de uso contínuo. Foi ouvida pelo delegado plantonista que a liberou, depois dela ter sido inocentada pelos outros dois criminosos.
