Gaeco investiga Riva por fraudes em obras

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A Gazeta


O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investiga a participação do ex-deputado José Riva em supostos desvios de recursos públicos relativos às obras da Copa do Mundo em Cuiabá e Várzea Grande. A apuração foi confirmada pelo promotor de Justiça Marco Aurélio de Castro, que destaca ainda ser prematuro formular algum tipo de acusação.

Os primeiros indícios foram encontrados pelos promotores em anotações e agendas, apreendidas na casa do advogado Júlio César Domingues Rodrigues, réu em uma ação penal decorrente da Operação Ventríloquo, que apura desvio de R$ 9,3 milhões em recursos públicos por meio do pagamento superfaturado de uma dívida da Assembleia Legislativa de Mato Grosso com o banco HSBC.

Conforme explica o promotor Samuel Frungilo, as agendas de Domingues apontam para diversas reuniões entre ele, Riva e o ex-vereador, João Emanuel, que foi genro do ex-parlamentar. “Encontramos agendas na casa do Julio Cesar em que ele trata de várias e reiteradas reuniões pra tratar de vários assuntos, inclusive relacionados às obras da Copa com José Geraldo Riva e com o ex-vereador João Emanuel”.

Vereador mais votado em 2012, Emanuel foi flagrado pelo Gaeco durante a Operação Aprendiz, em novembro de 2013. Diante do escândalo, que conta com um vídeo em que ele chama os demais parlamentares de “artistas”, ele acabou renunciando à presidência do Legislativo da Capital. Meses depois, Emanuel acabou cassado, mas ainda responde a processos nas esferas cível e criminal.

Além da agenda, nos documentos apreendidos os promotores localizaram o nome da construtora Mendes Júnior, que foi responsável pela construção da Arena Pantanal, estádio de Cuiabá para a Copda do Mundo de 2014. “Depois que nós nos deparamos com estes documentos e passamos a analisar, nós vimos que talvez a gente tenha outros elementos a serem apurados. Por exemplo, essa anotação da Mendes Júnior em reunião com o deputado Riva, no valor de R$ 70 milhões que seriam recebíveis. Mas ainda é muito prematuro. São anotações que merecem investigação”.

Em janeiro de 2015, a construtora exigiu o pagamento de R$ 70 milhões para concluir a construção do estádio. O valor não teria sido pago pela gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que a exemplo de Riva está preso preventivamente no Centro de Custódia de Cuiabá. À época, o secretário de Projetos Estratégicos da atual gestão, Gustavo Oliveira, afirmou que o pedido seria auditado.

Já em dezembro do ano passado, quando o governo assinou diversos Termos de Ajustamento de Gestão (TAG) das obras da Copa do Mundo, a Mendes Júnior foi a única que não aderiu ao acordo. Por conta disso, para conclusão das obras do Complexo Arena Pantanal, o Estado, por meio da Procuradoria Geral (PGE), estuda a possibilidade de buscar meios jurídicos para que a estrutura seja finalizada.

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