Vacina contra a dengue: entenda os testes da vacina brasileira serão feitos

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No primeiro semestre de 2016 começarão os testes para a vacina contra a dengue que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo. Os testes demorarão cinco anos para serem concluídos, mas a expectativa do Instituto Butantã é que a vacina já esteja disponível para a população em 2017. Essa é a terceira etapa de testagem e será feita em 17 mil voluntários em 13 grandes cidades em todo o país: Manaus, Porto Velho, Boa Vista, Aracaju, Recife, Fortaleza, Brasília, Cuiabá, Campo Grande, São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Belo Horizonte e Porto Alegre. O critério é que a vacina seja testada em locais em que haja incidência dos quatro tipos de dengue, para verificar sua eficácia contra todos os tipos da doença.

O processo de seleção de voluntários será criterioso: “os pesquisadores vão detectar um local onde se tem uma maior densidade do vetor, que é o Aedes aegypit. Então, vão procurar essas pessoas, conversar com elas dentro de suas residências. Elas farão uma bateria de exames. A gente precisa saber como elas estão, desde o check-up cardiológico até o simples exame de sangue. Elas serão selecionadas e aquelas que quiserem colaborar com a pesquisa têm que assinar um termo de responsabilidade e então serão vacinadas”, explicou a pesquisadora, Graça Alecrim superintendente da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, que é um centro de referência em pesquisas na área em Manaus.

O estudo seguirá a metodologia de duplo cego randomizado. “Ou seja, dois terços dos voluntários receberá a vacina, enquanto os outros receberão apenas o veículo, sem o vírus”, explicou David Uip, secretário de Saúde do Estado de São Paulo, em coletiva de imprensa com o governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o diretor do Instituto Butantan Jorge Kalil.

Serão selecionadas pessoas de dois até 59 anos de idade, sem doenças crônicas. Grávidas não vão poder participar. Esta é a terceira etapa de desenvolvimento da vacina, que é feita com o vírus inativado da dengue. O Instituto Butantã, em São Paulo, está à frente das pesquisas. De acordo com a Graça Alecrim, as etapas anteriores foram satisfatórias e, se comprovada a eficácia em humanos, a vacina vai combater os quatro tipos de vírus da dengue. Os testes iniciais já mostraram que ela não tem eficácia contra o vírus da febre chikungunya e o zika vírus.

Texto com apuração de Bianca Paiva, correspondente da Agência Brasil.

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