ZIKA, DENGUE E CHIKUNGUNYA Especialistas alertam para o uso de repelentes

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om a epidemia de dengue e o crescente número de casos febre chikungunya e até mesmo, microcefalia associada à ocorrência do zika vírus em todo o país, pessoas, incluindo gestantes, têm recorrido ao uso de repelentes para tentar se proteger das picadas do Aedes Aegypt, mosquito transmissor dessas doenças.

A dermatologista Eliana Silva, explica que o repelente, uma das formas de proteção mais procuradas, deve ser usada sob orientação médica e não pode ser a única forma de defesa contra o mosquito transmissor da zika, dengue e febre chikungunya. Não é todo produto que pode ser usado em crianças e adultos. Além disso, o uso em excesso pode irritar a pele e até causar problemas mais graves.

“Primeiro é preciso saber que tipo de substância está sendo aplicada. A mais comum é a D.E.E.T (dietiltoloamida), presente na maioria dos repelentes que estão no mercado. Essa substância é tóxica e, por isso, deve ser usada com cautela. Em crianças, por exemplo, a concentração não deve ultrapassar 10%”, explica a dermatologista.

A pediatra Larissa Gomes, destaca que os bebês só podem usar repelente a partir dos seis meses. Antes disso a pele da criança é muito sensível. Por isso, até lá, ela recomenda o uso do creme de citronela, que é manipulado e funciona bem contra insetos.

A médica afirma que é a partir dos seis meses que o bebê começa a ter mais anticorpos e, com isso, uma melhor defesa da pele. “Mas é preciso estar sempre atento aos sinais de alergia que a criança pode vir a ter, principalmente se o pai ou a mãe da criança são alérgicos. Uma solução para amenizar as picadas nos bebês é borrifar o produto no mosquiteiro do berço”, ressalta.

Eliana destaca que não se deve aplicar repelente sobre feridas na pele. Em caso de sprays , é preciso manter distância entre o frasco e o rosto. Caso contrário, o produto pode causar irritação no nariz, ardência nos olhos e tosse. Outro cuidado é não aplicar repelentes nas mãos das crianças. Elas podem passar as mãos nos olhos e na boca.

A dermatologista informa que o repelente tem uma eficácia com duração em torno de 2 horas, e o ideal é limitar em até três vezes por dia. E só utilizar sob orientação médica.

Para as grávidas, os repelentes recomendados são feitos à base de uma substância chamada IR 3535, e também os repelentes à base de citronela. O cheiro é desagradável para o mosquito. Além disso, ele deixa a pele oleosa, o que atrapalha a adesão do mosquito na hora da picada. Mas, antes de tomar qualquer decisão, a gestante deve procurar o médico, para que ela seja avaliada e siga a receita de que tipo de repelente ela pode fazer uso”, alertou Eliana.

Cuidado com as crianças
0 a 6 meses 
Não deve ser usado repelente. Isole a pele com óleo infantil, que ajuda a evitar que o mosquito identifique o cheiro do suor do bebê. O ideal é deixar a pele oleosa. Use telas de proteção na janela e mantenha ambientes fechados.

6 meses a 2 anos 
O ideal é continuar evitando o repelente. Se houver necessidade, prefira usar o produto na roupa da criança antes de vestí-la. Nesse caso, opte por repelentes à base de termetrina, menos tóxico do que o D.E.E.T.

2 a 7 anos 
Use repelentes com moderação. A concentração deve ser menor do que 10% e o produto só deve ser utilizado em áreas expostas do corpo. O ideal é usar ao entardecer, quando há maior circulação de mosquitos. Aconselha-se no máximo duas vezes por dia.

7 a 12 anos 
Ainda deve ser usado o tipo infantil, mas o uso já é mais liberado. Use até três vezes por dia somente nas áreas expostas do corpo.

A partir dos 12 anos 
Pode ser usado o repelente comum, para adultos. O uso também deve ser de três vezes ao dia no máximo. 
 

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