Sem criatividade, Brasil leva passeio do Chile e mostra que terá dificuldade nas Eliminatórias da Copa 2018

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Time não se encontrou em campo e tomou 2 a 0 nesta quinta-feira (8), em Santiago

Meia-atacante Willian foi quem mais tentou alguma coisa na derrota do Brasil por 2 a 0 para o Chile em SantiagoIvan Alvarado/Reuters

Machucada pelas decepções nas duas últimas competições que disputou, a seleção brasileira estreou nesta quinta-feira (8), em Santiago, com baixas expectativas, é verdade. Foi ainda pior. Perdeu para o Chile por 2 a 0 com gols dos atacantes Vargas e  Sáchez.

O próximo compromisso do time verde-amarelo acontece na terça-feira (13) contra a Venezuela, no Castelão, em Fortaleza (CE). A seleção venezuelana já não é mais o saco de pancadas de sempre, mas perdeu na estreia para o Paraguai.

Esta foi a primeira derrota brasileira em estreias de Eliminatórias. O jeito é esperar que o time de Dunga, que sentiu falta de Neymar, melhore e mostre mais serviço terça-feira, quando enfrenta a Venezuela no Castelão, em Fortaleza.

O Chile entrou em campo completo, provando que as dúvidas de Sampaoli sobre Vidal e Sanchez durante a semana eram nada mais do que um blefe.

Apesar de não ter dominado as ações, La Roja foi quem chegou mais perto do gol. Mas a torcida local ficou com o grito entalado na garganta da mesma forma que ocorreu na Copa do Mundo com o chute de Pinilla. Se ano passado o travessão estava no caminho, a bola da vez explodiu na trave direita de Jefferson, que ficou inerte, só torcendo.

A seleção brasileira, que teve mais posse de bola e até anulou bem o jogo do Chile – tirando o lance da trave -, também uma bola no poste a lamentar, mas foi menos perigosa, em um chute sem ângulo de Hulk, no fim do primeiro tempo.

Eduardo Vargas aproveitou cruzamento para abrir o placarIvan Alvarado/Reuters

Por falar no atacante, ele foi quem mais buscou o gol no primeiro tempo, só que faltou pontaria. Hulk não conseguiu se entender muito bem com Oscar, Willian e Douglas Costa. Os três meias alternaram pouco o posicionamento, não conseguindo envolver a defesa chilena. Douglas foi o mais incisivo pela esquerda, apostando na velocidade, mas sem ser espetacular.

No segundo tempo, o jogo ficou mais animado. Se na etapa inicial, em linhas gerais, ambas as equipes conseguiram controlar uma a outra, a partida ficou aberta. Willian cresceu muito de produção, aproveitando os espaços dados pela seleção chilena, que se lançou à frente. Mas se o camisa 19 melhorou muito, Oscar irritou. Perdeu lance na cara de Bravo, errou passes simples, matou contra-ataques da seleção.

Só que o Chile também foi chegando perto do gol de Jefferson. De novo a trave salvou o Brasil, em uma paulada de Isla. A torcida chilena foi se animando, apesar de ter passado alguns minutos em silêncio.

À medida em que o Brasil desperdiçava contra-golpes, o Chile se aproximava do gol. E uma hora não teve trave para salvar. A bola cruzada por Fernandez achou Vargas. O desvio foi defensável, mas Jefferson aceitou.

Depois do gol, o Brasil não acertou o pé e a derrota se confirmou já perto do fim, com Alexis Sanchez aproveitando espaço na defesa brasileira. Ao fim, os gritos de olé foram mais do que merecidos.

CHILE 2 X 0 BRASIL

Local: Estádio Nacional, em Santiago (CHI)

Data/Hora: 8/10/2015, às 20h30

Árbitro: Roddy Zambrano (EQU)

Auxiliares: Christian Lescano e Byron Romero

Cartões amarelos: Diaz (CHI); Luiz Gustavo (BRA)

Gols: Vargas, 26’/2ºT (1-0) e Sanchez, 44’/2ºT (2-0)

CHILE: Bravo, Medel, Jara e Silva (Mark Gonzalez, 41’/1ºT); Isla, Diaz (Vilches, 37’/2ºT), Valdivia (Matías Fernandez, 18’/2ºT) e Beausejur; Vidal; Sanchez e Vargas. Técnico: Jorge Sampaoli.

BRASIL: Jefferson, Daniel Alves, Miranda, David Luiz (Marquinhos, 36’/1ºT) e Marcelo; Luiz Gustavo (Lucas Lima, 37’/2ºT), Elias, Oscar, Willian e Douglas Costa; Hulk (Ricardo Oliveira, 31’/2ºT). Técnico: Dunga.

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