Chegou à Assembleia Legislativa o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) acerca das contas de governo do último ano de mandato do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). A polêmica quanto à mensagem, no entanto, está instalada no Parlamento desde meados do mês passado, quando a Corte se posicionou favorável à aprovação dos balancetes.
Líder do governo Pedro Taques (PDT) no Legislativo, o deputado Wilson Santos (PSDB) iniciou uma campanha pela reprovação das contas na Assembleia e comprou briga com o conselheiro Antônio Joaquim, que relatou o processo no TCE.
A troca de ofensas entre eles partiu de acusações do parlamentar de que o conselheiro seria candidato às eleições de 2018 e resultou na lembrança do membro da Corte das inconsistências nas contas do deputado quando prefeito de Cuiabá.
O principal impasse acerca das contas de Silval é quanto ao entendimento do Tribunal de que o ex-governador deixou o Palácio Paiaguás com um superávit de R$ 377 milhões. A conclusão da Corte fez com que as afirmações da atual gestão, de que encontrou somente R$ 84 mil na Conta Única do Estado em janeiro deste ano, fossem contestadas.
Secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques afirmou, em entrevista recente à rádio CBN Cuiabá, que ambas as informações estão corretas. Comparou o superávit citado pelo TCE aos créditos que bancos oferecem a seus clientes, mas que não representam, necessariamente, dinheiro em conta.
Apesar de já no Parlamento, não há previsão de quando as contas de Silval serão apreciadas em plenário. A primeira etapa de tramitação da mensagem é na Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, onde ainda não foi definido quem será seu relator.
