Número de roubos praticados em Cuiabá cresceu 34% nos primeiros três meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Entre janeiro a abril foram contabilizados 2.447 mil assaltos, contra 1.816 mil crimes da modalidade praticados nos mesmos meses de 2014. Dados são da Polícia Judiciária Civil.
Marcus Vaillant/A Gazeta Delegada titular da Derf, Elaine Fernandes, explica que os criminosos são presos, mas logo soltos pela Justiça |
Delegada titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), da Capital, Elaine Fernandes, aponta crise socioeconômica e migração de pessoas como fatores determinantes para a criminalidade. Entretanto, Fernandes acrescenta o trabalho efetivo da Polícia ao prender os suspeitos, que logo são soltos pela Justiça.
“Este ano tivemos a prisão de 175 criminosos na Operação 100 dias, mas 90 já estão nas ruas. A população precisa entender que a polícia está fazendo o seu trabalho, e cabe a Justiça mantê-los na cadeia”.
Delegada explica que no ano passado, com alguns jogos da Copa do Mundo sediados em Cuiabá, muitas pessoas migraram e se estabeleceram por aqui, aumentando a demanda de criminosos. A crise econômica e desemprego, também motiva a criminalidade.
A população é ainda responsável pelos índices, adquirindo produtos oriundos de roubos e furtos, como os aparelhos celulares, um dos objetos mais roubados, e praticando a receptação. “A população tem que se conscientizar de que incita o crime ao comprar um produto roubado”.
No ano passado foram praticados 3.594 furtos nos 3 primeiros meses, estatística quase semelhante registrada neste ano, com 3.600 crimes na modalidade. Sete pessoas foram vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte), entre janeiro a abril de 2015.
