De Seleção Brasileira o ex-lateral Cafu entende bem. Nesta sexta-feira, o capitão do penta em 2002 avaliou o atual momento do time do Brasil, que vem colecionando eliminações frustrantes.
“Falta comprometimento, vontade. Perderam o respeito. Devido ao futebol que estamos jogando hoje, os rivais já não nos temem mais”, começou Cafu em entrevista ao site oficial da Copa América.
“Hoje não se fala ‘vamos encarar o Brasil’ em tom de respeito”, desabafou. Mesmo assim, o ex-lateral consegue enxergar uma luz no fim do túnel. “Estamos passando por um período de transição, mas o Brasil voltará a ser uma equipe que impõe medo. Quem os menosprezar poderá se surpreender”, avaliou.
Enquanto a Seleção Brasileira caiu nas quartas de final, nos pênaltis, diante do Paraguai – mesmo resultado da edição de 2011 –, Cafu deixou uma análise positiva sobre a Copa América, que será encerrada neste sábado.
“Gostei muito da Copa América. Algumas seleções surpreenderam e chegaram onde ninguém poderia até mesmo imaginar”, começou. Esse foi o caso do Peru, que surpreendeu até à imprensa local ao chegar na semifinal.
“Hoje o futebol está globalizado, com os jogadores atuando fora dos seus países. Assim existe uma troca de informações, e essa competição mostrou isso”, analisou Cafu, que não aponta favoritismo para a decisão entre a Argentina e o anfitrião Chile.
“A força do Chile atual é o conjunto, passando pelo Valdivia, que está em um bom momento. O time sabe de suas virtudes e também conhece o seu limite. Hoje, marcar o Messi é quase impossível. Mas o Chile não vai vender fácil uma derrota, ainda mais jogando em seu país”, afirmou.
“Eles estão em um momento muito bom, até mais constante que a Argentina, que tem o diferencial, aquela pecinha chamada Messi. Mas se trata de uma final e tudo pode acontecer. Uma bola parada, uma bola mal atrasada ou um pênalti podem decidir”, concluiu o capitão do penta.