Da invencibilidade ao vexame: Corinthians perde em Itaquera e dá adeus precoce à Libertadores

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Acabou em vexame o primeiro semestre do Corinthians em 2015. Se antes o time de Tite empolgava no começo da temporada, emplacando uma sequência de 26 jogos invicto e virando favorito absoluto aos torneios que disputava, a realidade, no fim das contas, se mostrou bem diferente. O revés por 1 a 0 contra o Guaraní (PAR) nesta quarta-feira eliminou a equipe alvinegra da Copa Libertadores de forma precoce, ainda nas oitavas de final e em plena Arena lotada, e decretou a segunda decepção alvinegra em um ano que parecia perfeito. De quebra, acabou também a invencibilidade de 32 jogos em Itaquera.

Com a eliminação ainda na etapa de oitavas de final, o Corinthians somou sua segunda queda prematura na temporada. Há algumas semanas, o clube já tinha sido despachado na semifinal do Campeonato Paulista pelo arquirrival Palmeiras nos pênaltis, após ter feito campanha invicta na primeira fase. Na Libertadores, a situação foi parecida: o time de Tite se classificou como líder do chamado “Grupo da Morte”, que tinha São Paulo, San Lorenzo e Danúbio, mas fraquejou no mata-mata.

A missão do jogo de volta das oitavas e final era árdua, é verdade, mas nesta quarta-feira o Corinthians não foi nem sombra do time que iniciou o torneio continental atropelando Once Caldas, São Paulo e até vencendo o San Lorenzo na Argentina. A derrota por 2 a 0 na semana passada, no Paraguai, obrigava a equipe paulista a vencer por diferença de três gols em Itaquera. Diante de um Guaraní todo postado atrás, contudo, ficou bastante difícil. Ainda mais quando Fábio Santos foi expulso no segundo tempo. O gol paraguaio saiu nos acréscimos.

O foco corintiano passa a ser a partir de agora o Campeonato Brasileiro, que começou no último fim de semana – o time paulista venceu o Cruzeiro por 1 a 0, fora de casa. No sábado, o rival será a Chapecoense, às 21h, em Itaquera. O Guaraní, por sua vez, enfrenta Racing ou Montevideo Wanderers pelas quartas da Libertadores. O jogo de ida, no Uruguai, terminou 1 a 1. A volta será nesta quinta, na Argentina.

O jogo em Itaquera

Diante de um público de 39.806 que fizeram bonita festa para recepcionar a equipe, a expectativa era de virada histórica do lado corintiano nesta quarta-feira. Por outro lado, ninguém imaginava que o jogo seria tão complicado.

Como era esperado, o Corinthians partiu para pressionar o Guaraní nos minutos iniciais. O jogo começou nervoso, com Guerrero levando cartão amarelo no primeiro lance, depois de entrar com a sola do pé em um zagueiro adversário.

Com o time paraguaio todo no campo de defesa, a equipe da casa tentava penetrar na área rival com jogadas de profundidade pelas laterais. Mas, bem armado no campo de defesa, o Guaraní se segurava como podia, evitando chances mais claras de gol.

Aos 12 minutos, quase saiu o tento que poderia ter incendiado Itaquera. Guerrero arriscou de ponta direita e tentou o cruzamento para Malcom. Aposta de Tite, o jovem atacante só escorou para Elias que, com o gol todo aberto, chegou atrasado e desperdiçou a chance.

Bem na partida, Malcom criou mais uma oportunidade pouco depois. O jogador recebeu ótimo passe de Renatro Augusto, avançou e arriscou da entrada da área, e a bola foi para fora.

Sem conseguir furar o bloqueio paraguaio, o Corinthians teve sua melhor chance aos 36 minutos. Jadson achou Guerrero na entrada da área. Totalmente livre de marcação, o peruano ficou cara a cara com o goleiro e soltou a bomba, só que Aguilar espalmou em uma linda defesa.

Segundo tempo morno e queda

Na etapa complementar, Tite foi para o tudo ou nada. Mandou a campo Danilo e Mendoza nas vagas de Felipe e Malcom e lançou o Corinthians ao ataque. Mas o Guaraní voltou para os 45 minutos finais com ainda mais frieza do que a demonstrada na etapa inicial, com quase todo o time no campo de defesa.

Aos 6 minutos, Danilo arriscou pela lateral e lançou Fágner, que bateu cruzado. Guerrero, atrasado, não alcançou a bola.

Em seguida, entretanto, o Corinthians sofreu a baixa que desanimou de vez a Arena. Em dividida com Santander, Fábio Santos levantou demais o pé e acertou o adversário. O árbitro não pensou duas vezes: cartão vermelho para o jogador e balde de água fria em Tite, que já demonstrava desânimo no banco de reservas.

A partir daí, o jogo esfriou bastante. O Corinthians não assustou a defesa do Guaraní mais nenhuma vez, enquanto o time paraguaio só procurava passar o tempo.

Guerrero, em noite pouco inspirada, ainda teve uma última oportunidade aos 25. Porém, dominou mal.

E, quando a eliminação já era certa, o golpe final: Fernando Fernandéz recebeu em posição legal, atrás da zaga corintiana e tocou na saída de Cássio: 1 a 0 para o Guaraní. Para decepção e tristeza geral de quase 40 mil alvinegros em Itaquera e fim de um primeiro semestre que parecia que seria perfeito ao Corinthians, mas que no fim das contas terminou em tragédia e duas eliminações na nova casa alvinegra.

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