Luiz Márcio Bastos Pommot, ex-secretário de orçamento da Assembleia Legislativa na época em que José Riva (PSD) era presidente, também foi interrogado na condição de testemunha defesa do social-democrata e disse que nunca faltou material de expediente na época em que Riva presidia a Casa. Em seu depoimento, ele explicou que cada um dos 24 gabinetes tinha contato com o setor de almoxarifado, mas afirmou não se recordar de nada.
Pommot que ocupou os cargos de Secretário de Orçamento e depois assumiu a Secretaria-Geral, foi arrolado como testemunha em substituição ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB) que chegou a ser indicado pela defesa de Riva, mas depois houve o pedido para ser substituído. Num primeiro momento, a juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal, negou o pedido, mas depois, voltou atrás e aceitou que ele fosse arrolado no lugar de Silval.
No interrogatório, Luiz Pommot disse que conhece algumas das empresas participantes de licitações na Assembleia, como a Livropel pela imprensa. Ou seja, pelas informações divulgadas na mídia após as denúncias do Ministério Público Estadual (MPE). No entanto, disse não se lembrar de detalhes e também desconhece a forma com Riva interferia nos processos licitatórios.
O ex-secretário disse que o material de expediente na Assembleia é muito, mas não sabe falar em quantidade exata. Pommot relatou que a Assembleia tem controle do uso de materiais no gabinete de cada deputado. Na época em que a Justiça determinou o afastamento de José Riva das funções de presidente da Assembleia, o deputado Romoaldo Júnior ficou responsável pelo cargo, no entanto, não utilizava a sala da presidência que permaneceu sendo ocupada por Riva.
De acordo com Luiz Pommot, os deputados fizeram um acordo. Destaca que nunca ouviu qualquer parlamentar reclamando que teria que comprar impressora com o próprio dinheiro. Ele foi questionado pela juíza sobre a quantidade de envelopes usados. Por sua vez, disse não saber dizer se 100 milhões de envelopes é muito ou pouco. Também alegou não se recordar se Janete Riva (PSD), esposa de José Riva, também acusada pelo MPE de integrar o esquema, já assinou alguma requisição de recebimento de material.