Indonésia rejeita último recurso de francês condenado à morte

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A Corte Suprema da Indonésia rejeitou nesta terça-feira o último recurso para evitar a execução de um francês, condenado à morte no país por tráfico de drogas. Paris pediu clemência ao presidente indonésio. A família de Serge Atlaoui implora o presidente François Hollande e a União Europeia para salvá-lo. O francês pode ser fuzilado nas próximas semanas, junto com um grupo de outros estrangeiros, entre eles o brasileiro Rodrigo Gularte.

Serge Atlaoui, de 51 anos, foi preso em 2005 quando soldava máquinas industriais em um laboratório clandestino de ecstasy, perto de Jakarta. Ele foi condenado à pena de morte dois anos depois. O soldador, que garante ser inocente, diz que foi contratado para instalar as máquinas e não sabia que o local era um laboratório de drogas.

O francês entrou com o recurso na Corte Suprema alegando que não merece a pena de morte. A justiça indonésia negou o pedido dizendo que “não há novos elementos que possam apagar o crime cometido pelo condenado.”

Execução em breve

A promotoria geral da Indonésia quer realizar o mais rápido possível a segunda execução coletiva de traficantes de drogas condenados à morte no país. Pela primeira vez desde 2013, o país fuzilou em janeiro seis condenados, entre eles cinco estrangeiros. O brasileiro Marco Archer fazia parte do grupo.

A justiça indonésia deve anunciar a data da nova execução após a análise de todos os recursos pela Corte Suprema. Com a rejeição do pedido do francês, falta agora apenas a decisão sobre o recurso de um ganense.

O presidente Joko Widodo, que chegou ao poder em outubro de 2014, rejeitou todos os pedidos de clemência feitos até agora por vários países, como o Brasil. A França, contrária a pena de morte desde 1981, alertou na semana passada que a execução do francês “teria consequências” nas relações bilaterais entre Jakarta e Paris.

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