CRISE POLÍTICA E ECONÔMICA Blairo diz que Dilma não faz sua parte e sugere extinguir ministérios

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Welington Sabino


Aliado de primeira hora da presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Blairo Maggi (PR) resolveu, na manhã desta quinta-feira (26), criticar o governo da petista, principalmente no tocante à quantidade de ministérios que totalizam 39. Críticas nesse sentido vêm sendo disparadas nos últimos anos por líderes políticos de vários partidos, analistas e a articulistas. Mas no caso de do republicano que é ex-governador de Mato Grosso é a primeira vez que ele se manifesta publicamente na tribuna do Senado Federal de forma mais contundente ao citar a crise financeira e política que o Brasil enfrenta. O senador defendeu a extinção de pelo menos 14 pastas que são secretarias com status de ministérios.

Blairo Maggi destacou que os problemas enfrentados na economia atualmente estão diretamente ligados à crise política que assola o país e pontuou que a presidente não vem fazendo sua parte ao passo que pede a compreensão dos brasileiros para cortar e controlar os gastos para enfrentar o atual cenário econômico.

“A crise política em que estamos vivendo terá fim no momento em que a presidente da República aceitar os argumentos das ruas, aceitar os argumentos dos parlamentares, aceitar de que algumas coisas precisam ser mudadas. De que não adianta somente me pedir, ou pedir para qualquer dos senhores e senhoras que me assistem para fazer sacrifícios enquanto eu não faço nenhum”, discursou o senador dizendo que não funciona assim na casa de qualquer chefe da família que quando quer sacrifício tem que dar o exemplo de que o cinto está apertado.

“Não vi, não vejo e não estou vendo qualquer atitude por parte da presidente da República, do Executivo, vamos dizer assim, de também fazer a sua parte, de reduzir o tamanho da sua máquina administrativa. Quer seja fazendo demissões, exonerações de cargos de confiança, são mais de 60 mil que tem ai. Tenho certeza que se tirar uns 15 ou 20 [mil] não vai fazer falta. É capaz de melhorar porque a burocracia que temos no país é uma coisa infernal”, destacou o republicano.

Ele também criticou o excesso de burocracia que o setor privado enfrenta para produzir destacando que são muitas licenças, permissões e de mendigação de joelho que tem que fazer nos órgãos públicos do país para fazer alguma coisa andar, para produzir mais ou construir e fazer o país sair da crise econômica. “Mas enquanto o setor privado, as pessoas querem produzir tem um mastodonte do outro lado lhe impedindo de produzir atrasando as licenças e criando complicações e mais complicações e a coisa não anda. Infelizmente, e eu já disse aqui por vária vezes, nós perdemos a guerra do papel, nós perdemos. É infernal o dia a dia que o empresariado, os setores privados desse país precisam ultrapassar todo dia, matar 4 ou 5 leões por dia para poder avançar”.

Ainda em seu discurso, Maggi ressaltou que se tirar um pouco dessa burocracia, diminuir exonerar parte dos cargos de indicações políticas vai melhorar muito o dia a dia dos brasileiros. “Eu quero fazer uma recomendação à presidência da República, ao Executivo. Vários partidos já disseram, vários líderes já disseram, o governo precisa dar uma demonstração, se o que vou pedir aqui não significa muito em dinheiro, mas significa muito em mudança de atitude, em mudança de postura, de indicar que também o Executivo quer fazer a sua parte”.

Com o levantamento feito por sua assessoria em mãos ele citou os 39 ministérios destacando que todas as secretarias com status de ministérios podem ser extintas. “Você a passa o olho e nós temos 14 secretarias que têm status de ministério, 39 menos 14 são 25. A gente começa ficar num numero aceitável, podemos reduzir mais”. Maggi citou o Ministério da Pesca como um dos que podem ser cortados. “A pesca é importantíssima para o país, mas nada que não possa ser feito dentro do Ministério da Agricultura. Já se chamou Ministério da Agricultura, Pesca e Aquicultura, reduz a burocracia”, emendou citando os nomes das demais secretarias que ele sugere à presidente Dilma para serem extintos.

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