Priscilla Silva
A Justiça de Mato Grosso negou o pedido de liberdade provisória ao agente penitenciário Luiz Mauro Romão da Silva, preso em flagrante no dia 5 de fevereiro, por facilitação de fuga de 26 presidiários da Cadeia Pública de Nova Mutum, 264 km ao norte de Cuiabá. A decisão é da juíza Helícia Vitti Lourenço, proferida no dia 20. Esta é a segunda vez que o agente tenta liberdade. No dia 21, o pedido de habeas corpus foi negado.
Na nova decisão, a juíza considerou insuficiente a alegação da defesa, de que o acusado é réu primário e possui bons antecedentes. “A suposta primariedade do autuado, ou os alegados bons antecedentes, não obstam a manutenção da prisão preventiva decretada Não obstam a manutenção da prisão preventiva decretada”.
Luiz Romão, o ex-diretor da Cadeia Pública de Nova Mutum, Henrique Francisco de Paula Neto e o também agente Fabian Carlos Rodrigues Silva, cumprem prisão preventiva na Presídio Militar de Santo Antônio de Leverger (34 Km ao sul de Cuiabá).
Os três foram presos depois de permitirem a entrada de mulheres na unidade prisional e terem realizado “festinha” regada a álcool. Na ocasião, os agentes foram dopados por duas mulheres que abriram as celas da unidade e 26 detentos fugiram. Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, até o momento, 19 foram recapturados.
Depois do episódio, as jovens que realizaram a ‘festinha’, Nayara Mendes Pereira de Souza, 25, e Isis Kevilin Ojeda, 21, também foram presas e cumprem prisão preventiva no presido Ana Maria do Couto. O quinto envolvido no caso é o presidiário Bruno Ojeda Amorim, 22, namorado de Nayara e irmão de Isis, que assumiu ser o mentor do plano.