Welington Sabino/ GD
Além de afirmar que o esquema de empréstimos ilegais a políticos e empresários comandado por seu ex-marido continua a existir e beneficiar inclusive o atual presidente da Assembleia, Guilherme Maluf (PSDB), a colunista social Kharina Nogueira também alegou que seu objetivo é ver a Justiça ser feita e não necessariamente ver Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, preso. Ela disse também que não tem medo de morrer, pois não acredita que algum dos denunciados por ela e investigados em inquperitos policiais tenha coragem de tentar algo contra sua vida.
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“Meu sossego não é ver o Júnior Mendonça preso, meu sossego é ver a Justiça feita”, disse ela explicando que após as denúncias virem à tona através de seus depoimentos, nunca sofreu qualquer represália. “Cachorro que vai morder não late”, argumenta.
Kharina também foi questionada se mudou sua rotina para se proteger ou se teme por sua vida, mas optou por cutucar ainda mais o ex-marido. “Olha, a gente está lidando com bandidos não podemos desvalorizar a classe, porque são matadores ou têm crimes nas costas, respondem crimes de matarem. Então, claro que isso conta. Agora acredito que ninguém vai ser tão burro de fazer alguma coisa pra pegar e sei lá quantos anos de cadeia. Acho que vão preferir responder porque a Justiça nossa é injusta”, sustentou a colunista.
As investigações da Operação Ararath também apontaram que Mendonça utilizava uma empresa no nome de Kharina, mas ela sustenta que nunca teve participação no esquema e jamais assinou qualquer cheque para o ex-marido durante os 2 anos em que foram casados. A colunista explicou que antes ela tinha empresa de roupas e trocava todos os cheques que entravam de clientes para fazer capital de giro, mas ele passou a usar a empresa indevidamente. “Só que depois disso eu fiquei sabendo que ele passava outros cheques na minha empresa, no meu cadastro”, explicou ela que só descobriu porque investigou por conta própria.
Por fim, ela também revelou os motivos de ter entregado o ex ao contar detalhes dos negócios ilegais que ele comandava, depois que segundo ela, decidiu investigar por conta própria a vida pregressa de Mendonça com ajuda de alguns delegados. Os motivos foram porque ela pretendia engravidar, mas ele era vasectomizado e não podia ter filhos, mas escondeu esse detalhe da esposa. “Decidi investigar quem era o Júnior, porque se ele escondeu uma vasectomia de uma pessoa que estava há 2 anos tentando engravidar verbalmente, explicitamente, verbalmente falado, o que mais ele tinha pra esconder e ai foi quando eu fui lá no começo da vida dele”.
Sobre o envolvimento de deputados estaduais com o esquema, ela disse que isso já ocorria durante o tempo em que foi casada com Júnior Mendonça.