Fernanda Escouto/ GD
A Secretaria de Direitos Humanos (SDH) pediu à justiça da República Dominicana, através de um ofício, o retorno ao Brasil, de Ida Verônica Feliz,10, que foi sequestrada em Cuiabá, em 2013. Em janeiro, a menina foi localizada pela Interpol na Itália, porém segundo a assessoria de comunicação da SDH, agora ela se encontra na República Dominicana, país de origem de sua mãe biológica.
Conforme a SDH, o mesmo pedido foi feito em janeiro, quando Ida foi localizada na cidade de Cassola, na Região de Vicenza, na Itália.
Ainda segundo a secretaria, o ofício encaminhado ao governo dominicano é para que o previsto na Convenção de Haia, de 1980, relativo ao sequestro internacional de crianças, seja cumprido, afinal a criança vivia no Brasil com os pais adotivos desde os 3 meses e já estava em andamento na justiça brasileira um processo de adoção definitiva.
Entenda o caso – A menina foi entregue aos pais adotivos quando ela tinha 3 meses pela mãe biológica, Elida Isabel Feliz. Ela, juntamente com o pai da criança, Pablo Milano Escarfulleri, foram presos logo depois por tráfico internacional de drogas. De acordo com o delegado da Polícia Civil, a menina viveu no Brasil por mais de 8 anos com a família adotiva, não tendo nunca recebido visitas dos pais biológicos.
As investigações iniciais comandadas por Stringueta apontaram que os pais biológicos contrataram criminosos para sequestrar a menina, que foi tomada da mãe adotiva por homens armados. A família adotiva, que mora em Cuiabá, tinha a guarda provisória da criança. O sequestro foi praticado na tarde do dia 26 de abril de 2013 quando pelo menos 2 homens armados levaram a garota de dentro de casa.
Os pais de Ida Verônica foram presos no Brasil por tráfico de drogas em 2006. A mãe de origem dominicana, Élida Isabel Feliz, em um apartamento em Florianópolis com 3 mil comprimidos de ecstasy, pelo qual foi condenada a 10 anos de prisão. O pai italiano, Pablo Milano Escarfulleri, foi preso por tráfico internacional e expulso do país no ano de 2009, após cumprir pena por tráfico de drogas em Mato Grosso.
A mãe foi colocada em liberdade, mas depois teve novamente a prisão preventiva decretada pela Justiça de Santa Catarina, por quebra de . No dia 30 de setembro de 2010, a mulher fugiu levando outro filho biológico, na época com três anos, que morava provisoriamente com uma família na cidade de Tubarão (SC). O menino nasceu na prisão.