Jacques Gosch
Davi Valle/Rdnews
Ex-ministro Neri Geller se reúne com a presidente Dilma
Rousseff em fevereiro
O ex-ministro da Agricultura Neri Geller (PMDB), que foi substituído pela correligionária Kátia Abreu na reforma ministerial anunciada em 23 de dezembro, foi convocado pela presidente Dilma Rousseff (PT) para reunião em 15 de fevereiro. A expectativa é que o peemedebista seja convidado para voltar a ocupar cargo no Governo federal.
Umas das possibilidades é que Neri assuma a presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Considerado “reserva técnica” por Dilma, o peemedebista também pode ocupar cargo no próprio Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (Mapa). “Recebi a convocação da presidente, mas estou muito tranquilo. Não falamos em cargos e também não estou procurando emprego. Tenho minha fazendinha em Lucas do Rio Verde e estava cuidando dos negócios desde que deixei o Ministério da Agricultura”.
Neri também lembrou que o primeiro cargo que ocupou no governo federal foi de secretário Nacional de Política Agrícola do Mapa em janeiro de 2013. Em março do ano passado, assumiu o posto de ministro, ficando no
posto até dezembro. “ Antes, era vereador em Lucas do Rio Verde, que é um cargo eletivo. Se for para ser
nomeado, faço questão que seja na área da agricultura para poder contribuir com o desenvolvimento de Mato
Grosso”.
Nos 10 meses à frente da pasta, Neri, junto com o senador diplomado Wellington Fagundes (PR), liderou a
campanha pela reeleição de Dilma em Mato Grosso. No Estado, a petista foi derrotada por Aécio Neves (PSDB),
mas o desempenho dos aliados foi elogiado pela cúpula federal.
O fator de desgaste foi a prisão dos irmãos Odair e Milton. A dupla foi detida na deflagração da
Operação Terra Prometida, da Polícia Federal, em 27 de novembro. No decorrer das investigações,
o clã Geller foi acusado de indicar parentes e “laranjas” para receber lotes do Assentamento
Itanhangá/Tapurah. A investigação apura esquema fraudulento de compra e venda de lotes, ameaças,
invasão de terras da União e crimes ambientais praticados neste assentamento.