Um dos deputados estreantes, o peemedebista Silvano Amaral disse nesta quinta que tem compromisso político, moral e pela relação de amizade com Mauro Savi, para quem, antecipadamente, anunciou voto na eleição da Mesa, desde que o republicano seja confirmado como primeiro-secretário na composição que tem o tucano Guilherme Maluf como presidente. Caso Savi seja substituído por outro cargo, como se comenta nos bastidores, Silvano avisa que não mais votará nesta chapa. Nesse caso, daria o voto para a chapa encabeçada por Emanuel Pinheiro (PR) e que tem Eduardo Botelho (PSB) como primeiro-secretário.
A eleição para renovação da Mesa Diretora acontece em 1º de fevereiro, logo após a posse dos 24 deputados. As duas chapas estão dividindo a preferência dos deputados. De um lado, Maluf, apoiado pelo deputado José Riva (PSD), propaga que tem apoio fechado de 13, suficientes para garanti-lo na presidência. De outro, Pinheiro assegura que “o jogo está equilibrado e que aposta na vitória”, inclusive tem simpatia do governador Pedro Taques (PDT). Curiosamente, os mais fortes nas composições são os candidatos à primeira-secretaria, seja Savi, seja Botelho.
“Eu já procurei o Mauro Savi e reafirmei o acordo de voto. Antes, o Savi tinha entrado como presidente da chapa. Aí houve mudança para primeiro-secretário e agora estão querendo tirar ele desse cargo. Se isso acontecer, eu fico descompromissado de votar nessa chapa. Torno isso público para mostrar minha posição”, enfatiza Silvano, ex-secretário de Finanças e de Governo do prefeito sinopense Juarez Costa (PMDB), que o tem como espécie de padrinho político.
Com base política em Sinop, no Nortão, e eleito com 15.310 votos, Silvano disse que, nesse caso, não teria nenhuma dificuldade em votar na chapa Emanuel-Botelho. E fez elogios à postura de Botelho, futuro colega parlamentar, enfatizando que o onhece há alguns anos. Perguntado sobre qual seria a orientação do PMDB, comandado no Estado pelo deputado federal Carlos Bezerra, Silvano ponderou que “não está havendo interferência” e ressalta que trata-se de uma eleição interna entre os deputados.