A situação da Petrobrás retrocedeu 19 anos e se igualou à de janeiro de 1996, quando se considera a relação entre o valor de mercado e o patrimônio líquido, um dos parâmetros usados pelos analistas avaliar o desempenho financeiro das empresas.
A conta é do economista Einar Rivero, da consultoria Economática. Analisando os números, ele destaca que o mercado já chegou a avaliar a Petrobrás em 4,22 vezes o valor do patrimônio líquido, e hoje avalia em apenas 0,31%. Isso significa que a empresa vale apenas um terço do seu patrimônio.
O valor de mercado – preço que o mercado está disposto a pagar pela empresa – é de R$ 114 bilhões. Já o patrimônio líquido é de R$ 360,7 bilhões, pelo último dado oficial de junho de 2014, citado no balanço do segundo trimestre.
“O resultado é assustador”, afirma Einar, lembrando que o patrimônio líquido tende a aumentar no balanço do terceiro trimestre, que a empresa não conseguiu publicar por causa da operação Lava Jato da Polícia Federal. “Se o denominador aumenta, o resultado da relação diminui ainda mais”, explica o economista.
As ações da empresa fecharam em baixa novamente nesta segunda-feira, 15. A Petrobras ON fechou em baixa de 9,94%, a R$ 8,52, menor valor desde 15/09/2004 quando fechou em R$ 8,4844. A Petrobras PN fechou em baixa de 9,20%, a R$ 9,18 menor valor desde 20/07/2005 quando fechou em R$ 9,1713.